87% dos brasileiros se arrependem de ter começado a fumar Segundo levantamento do ITC, 57% se sentem dependentes do cigarro
Os brasileiros revelam ter alto grau de arrependimento por terem começado a fumar. Segundo pesquisa feita no Brasil e em 20 países do mundo, 87% dos fumantes do País lamentam ter iniciado o consumo de tabaco.
O índice é o maior entre os três países pesquisados da América Latina, os brasileiros superaram o México 74% e Uruguai 66%. A pesquisa, que avalia políticas de combate e controle do tabagismo (ITC), revelou que 80% dos fumantes já tentaram largar o cigarro.
O levantamento, divulgado nesta sexta-feira (30), em Brasília, com apoio do INCA (Instituto Nacional do Câncer, mostra que 54% dos fumantes sente que está muito dependente do cigarro. Os pesquisadores ouviram 1.830 pessoas em São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro.
Dependência
No Brasil 57% dos fumantes se sentem dependentes do cigarro. Um indicador comum da dependência à nicotina é medido pelo tempo que o fumante leva para acender seu primeiro cigarro do dia, 19% dos fumantes do sexo masculino acendem o primeiro cigarro cinco minutos após acordar, entre as mulheres o índice é quase o mesmo, 18% delas acendem o primeiro cigarro logo após despertar.
Entre os entrevistados fumantes, 69% acreditam que a sociedade brasileira desaprova o tabagismo, o mesmo número de usuários de tabaco têm uma opinião negativa sobre o tabagismo.
Para a Secretaria Executiva do Inca, Tânia Cavalcante, o levantamento mostra que o Brasil está no caminho certo para reduzir os índices de fumantes.
— O Brasil vem trabalhando duro para reduzir a prevalência de fumantes e a carga do tabagismo, especialmente entre os jovens e a população de baixa renda.
Os pesquisadores apontaram que o consumo diário de cigarros é relativamente alto nas três cidades pesquisadas, com base na comparação com os outros países estudados, cerca de 17 cigarros por dia.
Impostos x tabaco
Quanto maior o preço do tabaco, menor o grau de interesse pelo cigarro. Segundo a pesquisa, os cigarros tornaram-se menos acessíveis para a população entre 2009 e 2013, com uma redução média anual de 2%, considerando o número de cigarros fumados por dia, o preço pago na compra de cigarros, a renda familiar e o número de adultos na residência do fumante. Além disso, metade dos fumantes entrevistados pensou em parar de fumar ou diminuir a quantidade de cigarros que fuma para economizar
Comentários