Delator diz: Silval teria mandado filho e irmão para SP Empresário suspeito relatou suposto receio de governador com parentes
Em um depoimento prestado no último dia 24 de abril, à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal (MPF), o empresário Júnior Mendonça afirmou que circulava nos bastidores a informação de que o governador Silval Barbosa (PMDB) estaria preocupado com uma próxima fase da Operação Ararath.
E que, por um determinado período, teria enviado seu filho Rodrigo Barbosa, e seu irmão, Toninho Barbosa, para a cidade de São Paulo.
O objetivo, segundo apurou a reportagem, seria “protegê-los” de uma eventual “batida” da Polícia Federal – e evitar que ambos fossem expostos pela imprensa, em uma possível busca e apreensão, ou até mesmo prisão preventiva.
Nos bastidores, a informação é que Rodrigo Barbosa e seu tio Toninho Barbosa atuariam em suposta intermediação de contratos com o Governo do Estado.
Toninho seria conhecido como “eminência parda” de Silval – e faria contatos com empreiteiras e empresas prestadoras de serviço, com contratos vultosos.
Além disso, Rodrigo Barbosa atuaria ainda em outras áreas, sempre representando negócios da família, em que o pai, por ser governador de Estado, não poderia figurar como sócio.
A área de mineração seria um dos focos dessa suposta atuação, especificamente em garimpo de ouro, em Mato Grosso e outros Estados.
Trecho do depoimento em que Júnior Mendonça cita filho e irmão do governador:
Garimpo
Recentemente, o filho e o irmão de Silval teriam adquirido uma extensa área de terra, nas proximidades de Cuiabá, de uma autoridade no Estado. O objetivo seria extrair ouro da propriedade.
Júnior Mendonça citou Silval, o filho e o irmão em mais um depoimento da delação premiada.
Por meio de contrato, ele se comprometeu em colaborar com o Ministério Público, a Polícia Federal e a Justiça para tentar reduzir sua eventual pena.
Ele é acusado de ser o epicentro de um suposto esquema que lavou dinheiro público em Mato Grosso.
Nas delações, além de Silval Barbosa, que foi alvo de busca e apreensão em seu apartamento, e detido pela Polícia Federal, no dia 20 de maio, ele citou vários deputados estaduais, empresários, empreiteiros e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.
Na ocasião em que foi alvo da Operação Ararath, o governador Silval Barbosa recebeu voz de prisão e foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal. Ele possuía em seu apartamento um pistola, calibre 380, com documentação vencida.
Após pagar fiança de R$ 100 mil, ele foi liberado.
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