Dilma critica 'considerações indevidas' sobre organização da Copa
A presidente Dilma Rousseff reagiu nesta terça-feira (3) às declarações do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, de que o Brasil está mais preocupado em conquistar o título da Copa do Mundo do que em organizar o evento.
Indagada, em entrevista à TV Bandeirantes, se concordava com as declarações, ela afirmou que não tem concordado "há muito tempo com declarações variadas. Há muito tempo eu não concordo".
É incorreta a forma pela qual um país que recebe a Copa é obrigado a escutar certas considerações indevidas a respeito de si mesmo e de sua soberania, um país que tem condições, de forma absolutamente ordeira, de fazer a melhor Copa do Mundo."
Em seguida, disse que são "indevidas" as considerações feitas sobre um país responsável pela organização de uma Copa do Mundo.
"É incorreta a forma pela qual um país que recebe a Copa é obrigado a escutar certas considerações indevidas a respeito de si mesmo e de sua soberania, um país que tem condições, de forma absolutamente ordeira, de fazer a melhor Copa do Mundo.", declarou.
'Baderna'
A presidente também disse na entrevista que o governo não admitirá "qualquer tipo de baderna" durante a Copa do Mundo. A Copa começa no próximo dia 12, com o jogo entre Brasil e Croácia, em São Paulo.
Ela fez a declaração em entrevista à TV Bandeirantes, levada ao ar na noite desta terça. A presidente fez referência à "baderna" depois de afirmar que ofereceu o auxílio das Forças Armadas aos governadores de todos os 12 estados-sede de jogos da Copa.
Não admitiremos, não admitiremos mesmo, que haja qualquer tipo de baderna tentando impedir que as pessoas assistam à Copa do Mundo, que as pessoas tenham acesso à Copa do Mundo.
"Nós estamos trabalhando de forma muito intensa para que as condições de segurança dos chefes de Estado e de governo que vão nos visitar – e são muitos – e as delegações que venham para cá, e que todos os torcedores, turistas e apreciadores de futebol tenham condições de segurança. Não admitiremos, não admitiremos mesmo, que haja qualquer tipo de baderna tentando impedir que as pessoas assistam à Copa do Mundo, que as pessoas tenham acesso à Copa do Mundo", declarou.
Segundo ela, as manifestações são "absolutamente legítimas". Ela ressalvou, porém, que "não é legítimo, não é democrático, quebra-quebra, destruir propriedade privada e pública e muito menos, porque aí é crime, tirar vida humana".
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