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Internacional
Quarta - 04 de Junho de 2014 às 23:36

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O número de brasileiros barrados nas portas da União Europeia caiu 59% nos últimos quatro anos, levando os cidadãos do país do quarto ao décimo lugar na lista de estrangeiros mais recusados nas fronteiras do bloco.

De acordo com a Agência Europeia de Controle de Fronteiras (Frontex), 2.524 brasileiros foram impedidos de entrar nos países europeus em 2013, em comparação com 6.178 em 2010.

A grande maioria dos casos ocorreu nos aeroportos europeus, onde os brasileiros deixaram de ser pela primeira vez no ano passado a nacionalidade mais barrada desde que a Frontex começou a contabilizar estes dados, em 2008.

Com a redução para 2.481 entradas recusadas por via aérea no ano passado, frente a 6.072 em 2010, o país é agora o segundo colocado nessa categoria, atrás apenas de Albânia, com 3.159 barrados, e à frente de Estados Unidos, com 2.305.

Nenhum outro país da América Latina está entre os dez primeiros da lista.

Considerando todas as fronteiras - aérea, marítima e terrestres -, os dados mais recentes da Frontex indicam que, entre 2012 e 2013, o fluxo de brasileiros impedidos de entrar nos países da UE caiu 17%.

Isso situa o Brasil como o terceiro país com a maior redução, atrás de Ucrânia e Georgia.

Crise

"A principal razão parece ser a melhora nas condições econômicas no Brasil e a deterioração na UE", explicou à BBC Brasil Ewa Moncure, porta-voz da Frontex.

"Muitos brasileiros que estavam na Europa ilegalmente decidiram voltar para casa no início da crise econômica na UE. Em contraste, a economia brasileira tem criado empregos em um nível relativamente estável", analisou.

Entre os motivos mais frequentes para a proibição da entrada de brasileiros, está a falta de documentação apropriada para justificar o motivo e as condições de sua estadia, aplicado em 782 casos no ano passado.

No caso das fronteiras aéreas, a maioria dos brasileiros foi barrada nos aeroportos do Reino Unido, seguido de França, Espanha e Portugal, nesta ordem de importância.

De maneira geral, considerando também fronteiras terrestres e marítimas, os mais recusados pela UE foram russos, ucranianos e albaneses.

Deportados

Dados do Instituto de Estatística da UE (Eurostat) revelam também uma queda de 55% no número de brasileiros vivendo ilegalmente em algum país europeus nos últimos quatro anos.

Em 2013, 6.425 brasileiros foram identificados nessa situação, a maioria deles na Espanha, Portugal e Alemanha.

Nesse mesmo ano, 6.755 brasileiros receberam ordem de deixar o país europeu onde se encontravam de maneira ilegal, uma redução de 57% em comparação com 2010.

A maioria dos casos foi registrada em Portugal, que ultrapassou a Espanha e se tornou o primeiro país de residência para imigrantes brasileiros irregulares.

Já as deportações de brasileiros diminuíram 49% entre 2010 e 2013, para 3.920.

Os países com mais deportados da UE - Marrocos, Índia, Rússia, Ucrânia e Albânia - foram responsáveis por entre 5,5 mil e mais de 10,5 mil casos.

A maioria dos retornos de imigrantes ilegais ao Brasil foi realizada pelo Reino Unido e Portugal, sendo o segundo o único país no qual os brasileiros são a nacionalidade mais deportada: 735 casos, frente a 70 casos de cabo-verdianos e ucranianos.

A Espanha passou de segundo para terceiro lugar na lista de origem das deportações de brasileiros.





Fonte: BBC

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