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Cidades/Geral
Quinta - 05 de Junho de 2014 às 15:38

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As estruturas do Ministério Público de Mato Grosso estão abaladas com a citação de membros do órgão fiscalizador no inquérito da Operação Ararath e o tema continua repercutindo internamente. Na última reunião do Conselho Superior do Ministério Público, o procurador-geral de Justiça Paulo Prado perdeu as estribeiras ao ser colocado contra a parede. “Essa canalhada não vai sujar o nome desta instituição, esses patifes, vagabundos, desqualificados. Tenho 25 anos de Ministério Público. Faço tudo por isso aqui. Nem que eu tenha que trocar tiro com vagabundos. Nem que eu tenha que sair na bala, mas eu vou mostrar que aqui não tem vagabundo, não”, esbravejou. A informação é do jornal Diário de Cuiabá, que circula nesta quinta (5).

As "explosões" de Prado têm sido recorrentes desde que foi deflagrada a 5ª etapa Operação Ararath. A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete do promotor Marcos Regenold, que pediu afastamento do cargo. Além disso, apreensão de planilhas acerca de pagamentos de verbas para promotores e procuradores na casa de Eder Moraes, ex-secretário de Fazenda e apontado pela Polícia Federal como o principal articulador de um esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública. No inquérito, a PF reforça que não é possível saber se há ou não irregularidades, mas cita achar estranho que os documentos estejam na casa de Eder, que já não é secretário de Fazenda há alguns anos.

A situação, inclusive, conforme o Diário de Cuiabá, provocou outro debate na reunião do Colégio Superior do MP. O procurador de Justiça Luiz Alberto Esteves Scaloppe cobrou coragem a Paulo Prado para identificar o possível envolvimento de membros do MP no que ele chama de “máfia silenciosa”. “Será mesmo que parou por aqui? As ilações que foram feitas não têm mais parada. Então, dêem seletiva, separem o joio do trigo com coragem. Não adianta fazermos discursos diplomáticos”, disparou Scaloppe.

Em resposta, Prado argumentou que não há qualquer ato irregular praticado por membros do MP. Na tréplica Scaloppe lembrou que um membro do MP foi três vezes buscar depoimento de um “criminoso sem a existência de um inquérito”. “Temos que apurar. Uma irresponsável ação não pode cair sobre nós”, devolveu Scaloppe.





Fonte: RD News

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