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Copa 2014
Sexta - 06 de Junho de 2014 às 05:32

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Marcellus Madureira Rodrigues de Oliveira - ME - Especial para o Terra
Em shopping popular alguns comerciantes já se animaram
Em shopping popular alguns comerciantes já se animaram

Quem circula pelo centro de Belo Horizonte ainda não consegue perceber clima de Copa do Mundo. A poucos dias do grande evento esportivo, inclusive com a capital mineira sendo uma das cidades-sedes, o mercado ainda está brando, segundo informações dos próprios comerciantes. O motivo para a falta de ânimo são as manifestações ainda da Copa das Confederações, segundo a Fecomércio-MG.

De acordo com a analista de pesquisas da Fecomércio, Luana Oliveira, o último levantamento feito entre abril e maio mostrou que os comerciantes estão assustados com as manifestações passadas e não despertaram ainda vontade de colocar nas portas decorações e produtos para a Copa do Mundo.

“Nós realizamos uma pesquisa no inicio de abril e maio, justamente para saber o estimulo dos empresários para aumentar a venda e observamos o medo de manifestações. Isso tirou o otimismo. Alguns vão deixar para planejar no fim, quase na hora de começar a Copa do Mundo. Mais de 40% dos entrevistados colocaram como principal motivo às manifestações para a falta de otimismo”, explicou.

O Terra percorreu várias ruas do grande centro belo-horizontino para perceber como anda o ânimo dos comerciantes. O cenário é de poucas lojas fantasiadas para a Copa do Mundo, algumas lojas apostam nas cores da Seleção Brasileira, mas boa parte preferiu seguir, até o momento, com a antiga programação. Segundo Luana, o medo dos comerciantes não é apenas de perder produtos, mas também com a violência que aconteceu durante a Copa das Confederações, com lojas quebradas e prejuízo.

“As lojas têm ainda o receio de sofrer atentado de manifestantes. Se a manifestação fosse pacifica não teriam tanto medo, mas têm medo de não ter clientes. Se tem manifestação, a rua fica mais vazia e as lojas não têm clientes. Então é tudo isso”, destacou.

A expectativa da Fecomércio é que até o inicio do evento o comércio irá se aquecer e o mercado vai entrar no clima da Copa do Mundo. “A tendência é que eles comecem e até quarta-feira já diversifiquem os produtos, dando atendimento diferenciado. Se tirarmos as manifestações, percebemos otimismo. Alguns setores terão aumento mais lógico, tipo bares, restaurantes por exemplo terão aumento, mas outros seguimentos têm que atrair com enfeites e bandeirinhas, até a próximas semana deve iniciar”, finalizou.

No maior shopping popular de Belo Horizonte, na Rua Oiapoque, no centro de Belo Horizonte, alguns lojistas apostam na Copa do Mundo e já estão com seus estabelecimentos decorados. Camisas, bandeirinhas, e vários outros produtos ligados à Seleção Brasileira são vendidos por preços que variam de R$ 2 a R$ 25.

Em conversa com o Terra, Matheus Henrique, um jovem comerciante do shopping popular, disse que as vendas de camisas do Brasil aumentaram consideravelmente após a vitória do Brasil sobre o Panamá, na última terça-feira.

“Na segunda-feira vendemos 30 camisas. Ontem (quarta-feira) foram quase 80. As vendas estão boas, chegando mais próximo à Copa melhorou muito. Muito mais do que esperávamos. Mês passado estava fraco e agora está melhorando”, explicou.

Trabalhando em uma loja que comercializa apenas camisas de times de futebol, nesta época em especial da Seleção Brasileira e algumas de Atlético-MG e Cruzeiro, os principais times da capital mineira, Matheus se mostrou precavido. Segundo ele, na Copa de 2010 perdeu 10 mil camisas por apostar e ver o time de Dunga ser eliminado precocemente.

“Cada vez melhor. Ainda temos estoque, mas este ano não exageramos. Na última copa perdemos muito”, finalizou.





Fonte: Terra

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