Em grampo, Eder cita doações a Lúdio Cabral
O ex-secretário de Estado Eder Moraes (PMDB) teria viabilizado R$ 7,5 milhões para a campanha de Lúdio Cabral (PT) a prefeito de Cuiabá em 2012. O valor é superior ao declarado pelo petista à Justiça Eleitoral.
A informação tornou-se pública após a divulgação na imprensa local de uma interceptação telefônica realizada pela Polícia Federal durante as investigações da operação Ararath. A conversa teria sido entre Eder e o chefe de gabinete do governador Silval Barbosa (PMDB), Silvio Cézar Correa.
No diálogo, o ex-secretário afirma ter conseguido arrecadar os R$ 7,5 milhões por meio de doações de amigos dele e que também seriam conhecidos por Correa.
Acontece que a prestação de contas de Lúdio relaciona doações num total de R$ 7,436 milhões. Deste total, pelo menos R$ 2,2 milhões teriam sido do próprio PT, o maior doador da campanha do ex-vereador. O restante, pouco mais de R$ 5 milhões, é que teria partido de pessoas físicas e jurídicas.
Na semana passada, as contas de Lúdio foram reprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O motivo foi a falta de transparência. Vários canhotos com dados sobre doações não constavam no processo.
Entre os maiores doadores da campanha do petista estão as empresas Eletricidade Paranaense (R$ 1 milhão), Dibox Distribuidora (R$ 912 mil), Curua Energia (R$ 800 mil), rede de supermercados Compre Mais (R$ 709 mil) e Cetap Distribuição (R$ 199 mil).
Lúdio foi procurado pela reportagem, mas não atendeu nem retornou as ligações. Antes, por meio de sua assessoria, ele já havia dito estar tranquilo quanto às acusações e que vai seguir normalmente a agenda de sua pré-campanha ao governo do Estado. (TA)
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