Após reestrutiração para militares, policiais civis e escrivães ameaçam parar durante a Copa do Mundo

Após a concessão do plano de reestruturação para policiais militares e bombeiros, o Sindicato dos Agentes Policiais Civis (Siagespoc-MT) realizou na manhã de hoje, 11, reunião para deliberar sobre o 'andamento' projeto de reestruturação da categoria que foi encaminhado para o Governo do Estado em junho do ano passado. "Nós queremos um diálogo com o Governo já que estamos no aguardo desde 2013 e sabemos que outras categorias já receberam benefícios", frisa o presidente do Sindicato, Aníbal Marcondes. Durante essa reunião, representantes dos escrivães em MT também estiveram presentes e podem radicalizar no Estado.

Mato Grosso conta hoje com cerca de 2,5 mil policiais civis. Na manhã de hoje mais de 300 policiais participam das discussões, na sede do Sindicato, instalado no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá.

“Nós estamos indo para reunião com o secretário de segurança e podemos sair de lá e convocar uma assembleia”, declarou. Questionado sobre uma possível paralisação na data da Copa do Mundo, que se inicia amanhã (12), ele pondera que não descarta a paralisação dos serviços em Mato Grosso.'Podemos avaliar protestos a qualquer momento". O salário hoje de um policial civil em início de carreira é de R$ 2,8 mil e a proposta de reestruturação prevê percentuais que chegam até 70%.

Após dois meses de negociação com o Governo, os militares conseguiram um projeto de reestruturação a ser quitado em parcelas até o final de dezembro de 2015, considerando o tempo de serviço e as patentes de cada militar. A proposta foi aceita na data de ontem (10), após mais de três horas de assembleia. Com a nova proposta, um soldado da PM que ganha hoje cerca de R$ 2.6 mil terminará o ano de 2015, com soldo no valor de R$ 3.900, o que representa um ganho de 50%.

Na manhã de hoje durante um ‘tour’ pelas obras da Copa do Mundo, o governador Silval Barbosa (PMDB) se declarou surpreso ao ser questionado quanto a movimentação dos policiais civis e escrivães do Estado. Ele citou que desconhecia a situação e que iria se reunir com equipe para debater sobre a questão.