Com a água suja, piscina é fechada
Dezenas de pacientes do serviço de hidroterapia do Centro Estadual de Reabilitação Dom Aquino Corrêa (Cridac), em Cuiabá, foram surpreendidos ontem pela manhã com a interdição da piscina na qual faziam tratamento.
Com a água suja, fria e o acesso bloqueado, um grupo de pouco mais de 10 pessoas que fariam a atividade no primeiro horário (7h), a maioria idosos, tiveram de retornar para suas casas sem atendimento. No período da tarde, um numero similar de pacientes também ficou sem o serviço.
Dona Maria Jorgina Fortunato contou que há vários dias a manutenção da piscina não vinha sendo feito de acordo com as necessidades. A qualidade da água, observa, não era muito boa, mas mesmo assim os pacientes faziam a hidroterapia.
Ontem, porém, diz, a suspensão do serviço ocorreu de maneira abrupta e sem previsão de restabelecimento. “Falaram que pode demorar três ou até quatro meses”, assinala.
Vilson Ribeiro, 57 anos, que está em tratamento há pouco mais de um ano, não sabe o que fazer. Motorista de caminhão-caçamba, Ribeiro está afastado das funções por causa de lesões diagnosticadas na coluna vertebral.
Ribeiro diz que com o salário que está recebendo pelo INSS, de pouco mais de um mínimo, não tem condições de pagar pela hidroterapia em clínica particular.
Ele observa que o médico prescreveu a hidro por considerar uma terapia de baixo impacto, mais apropriada para o caso dele. Pelas contas de Ribeiro, a suspensão do serviço prejudicará entre 80 e 100 pacientes.
A diretora substituta do Cridac, Adriana Costa, explicou que a empresa contratada este ano para fazer a manutenção da piscina desistiu da prestação do serviço. Conforme Adriana, a Secretaria Estadual de Saúde(SES), foi informada sobre o ocorrido.
Adriana garantiu que os pacientes não ficaram sem fisioterapia. Ela disse que os encaminhada para outra clínica do Centro de Reabilitação para que possam ser reavaliados por fisioterapeutas e direcionados para atividades que substituam a hidroterapia.
Na SES, a assessoria de imprensa informou que será necessário notificar a empresa desistente para que possam fazer o destrato antes de dar início ao novo processo licitatório.
E que assim que isso ocorrer, será aberta nova concorrência pública visando a contratação de outro prestador para o serviço. Só não se sabe quanto tempo será necessário para concluir esse trâmite burocrático.
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