Menores se rebelam, provocam incêndio e tentam fugir Infratores tentam fazer agentes de reféns, causam confusão e PM intervém
Por cerca de sete horas, o Complexo do Pomeri em Cuiabá foi palco de uma rebelião seguida de uma tentativa de fuga, quando os infratores tentaram fazer de refém um agente orientador.
A confusão começou com um motim, por volta das 17h30, e que terminou por volta das 21 horas, na quarta-feira (11). Cerca de uma hora e meia depois, os adolescentes tentaram fugir, mas foram contidos.
Nas duas situações, o prédio ficou parcialmente destruído. Além de incendiar colchões, os menores depredaram os quartos e agrediram agentes. Quatro profissionais registraram queixa contra os infratores.
Conforme os agentes, os adolescentes se rebelaram por volta das 17h30, horário em que os infratores do Bloco 1 seria recolhidos para as celas.
Um dos menores queria mudar de quarto, mas não foi autorizado pela direção, uma vez que estavam sob medida cautelar.
Diante da negativa, os infratores começaram a bater grades e a jogar pedras nos agentes, para que não fechassem as celas.
Um oficial da PM foi chamado para negociar o fim do motim, mas a situação se agravou, quando os menores começaram a queimar colchões que foram empilhados nas celas.
Não satisfeitos, os adolescentes ainda depredaram as celas, destruindo as camas de concreto.
Os agentes ligaram o hidrante e, mesmo diante de uma barricada com cadeiras e mesas, invadiram as celas para apagar o fogo, mesmo sem utilizarem equipamentos de segurança.
Por pouco, um adolescente não morreu sufocado, pois se trancou na cela e se recusava a sair. Ele foi retirado e medicado.
Por volta das 20 horas, o motim estava controlado e os adolescentes foram trocados de celas.
Um movimento suspeito dos infratores na cela chamou a atenção dos agentes prisionais plantonistas.
Tentativa de fuga
Por volta das 22 horas, houve uma tentativa de fuga em massa e mais destruição do prédio, após os infratores estourarem o cadeado e correrem para o pátio.
Encapuzados e armados com chuços (arma artesanal feita com pedaços de ferro), eles tentaram fazer um agente refém, mas não obtiveram êxito.
Os infratores voltaram a atear fogo nos colchões, deixando o clima tenso.
Policiais militares voltaram ao Pomeri para evitar a fuga. Eles sugeriram que fosse feita uma revista nas celas, mas os agentes disseram ser necessário o uso do padrão.
Havia a suspeita de que um dos adolescentes poderia estar armado com um revólver. Como não houve acordo, a revista não ocorreu.
Os agentes registraram um boletim de ocorrência e o caso será investigado pela Delegacia Especializada do Adolescente da Capital.
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