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Polícia Brasil
Sexta - 13 de Junho de 2014 às 22:59

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O comando da Polícia Militar abriu um inquérito para apurar se houve excesso dos policiais durante prisão ocorrida em um dos protestos realizados em São Paulo contra a Copa do Mundo, na quinta-feira (12), horas antes da abertura do evento esportivo na Arena Corinthians.

Cinco pessoas foram presas em flagrante durante confronto entre manifestantes e policiais militares no Tatuapé, na Zona Leste da capital. Em um dos casos, um rapaz já estava totalmente dominado quando um PM jogou spray de pimenta nos olhos dele.

O manifestante citado, Rafael Marques Lusvarghi, de 29 anos, também foi atingido por duas balas de borracha antes de ser detido. Após ser liberado, ele afirmou ao G1 que a PM agiu com truculência.

“Não havia necessidade de fazer isso. O inquérito vai identificar quem é o policial”, disse o comandante da PM, coronel Roberto Meira. Mais de 30 pessoas foram detidas em outros protestos.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu nesta sexta (14) a ação da PM. "A polícia evitou situações mais graves porque nós estávamos na abertura da Copa do Mundo, 60 mil pessoas indo para o estádio, muita gente na rua para acompanhar a festa. Houve uma tentativa de fechamento da [Avenida] Radial Leste. A polícia teve que agir."

Para o secretário da Segurança Pública Fernando Grella, a polícia atuou de forma correta.“A polícia agiu corretamente, usou a força proporcionalmente para manter a ordem”, disse.

Ouvidoria

A Ouvidoria das Polícias de São Paulo também criticou a ação de policiais militares no protesto ocorrido perto da estação Carrão da Linha 3–Vermelha do Metrô. Segundo o órgão, a ação foi desproporcional e possíveis abusos serão investigados. A PM afirma que “agiu para impedir que baderneiros fechassem a Radial Leste”, via utilizada por torcedores e pelas delegações para chegarem à Arena Corinthians, em Itaquera.

Em nota, o ouvidor Júlio César Fernandes Neves afirmou que a Ouvidoria está insatisfeita com a atuação da Polícia Militar. Neves completou que a ação será oficiada à Corregedoria da corporação e ao Ministério Público.

“Além de ter sido desproporcional e inaceitável, um dos policias militares demonstrou sadismo ao lançar spray de pimenta nos olhos de um manifestante que já estava completamente dominado", disse o ouvidor.

Durante o conflito entre cerca 20 manifestantes e os policiais, alguns jornalistas chegaram a ficar feridos, incluindo duas profissionais da rede americana CNN. Elas passam bem. Segundo a Polícia Militar, a capital paulista registrou quatro pontos de manifestação na tarde desta quinta-feira, sendo três deles na Zona Leste.





Fonte: Do G1 São Paulo

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