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Sábado - 14 de Junho de 2014 às 11:52

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Após consolidada a pré-candidatura do empresário Carlos Fávaro (PP) para compor com o senador Pedro Taques (PDT) na disputa ao governo do Estado, o PSB iniciou o processo para minar o progressista e indicar a deputada estadual Luciane Bezerra para concorrer à vice-governadoria.

Os socialistas tentam “cavar” um espaço à parlamentar também com o objetivo de contemplar outras lideranças internas. O partido, apesar de administrar Cuiabá, o maior colégio eleitoral do Estado, é considerado pequeno e busca um crescimento nesta eleição com reforço estratégico nas chapas proporcionais. O prefeito da Capital, Mauro Mendes (PSB), conseguiu ter o aval do presidente do PPS e prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, para fritar o PP sob a alegação de que o partido aderiu recentemente ao bloco de oposição. No entanto, evita fazer críticas diretas ao empresário, que mantém liderança sob o setor produtivo no Estado. Ele é presidente licenciado da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).

Luciane não disputa à reeleição para ceder espaço ao marido Oscar Bezerra, ex-prefeito de Juara. Em tese, ele é considerado o político da família. Com isso, a parlamentar tem a tendência de concorrer à Câmara Federal, porém, esta possibilidade esbarra no projeto prioritário da sigla que é eleger o ex-secretário de Governo da prefeitura de Cuiabá, Fábio Garcia, para deputado federal.

Braço-direito do prefeito, a eleição de Garcia é tida prioritária também no grupo mais próximo de Mendes no sentido de alcançar representatividade para o partido no Estado na Câmara Federal. A legenda elegeu em 2010, o seu então presidente regional, deputado federal Valtenir Pereira, que migrou para o Pros. Há um entendimento que Luciane teria mais dificuldade para se reeleger em detrimento da eleição do marido. Na eleição passada, ela obteve 14.294 votos, a menos votada entre os 24 eleitos.

Com este imbróglio interno, um grupo do PSB entende que uma eventual disputa de Luciane à Câmara Federal pode atrapalhar as pretensões de eleger Garcia. Com isso, o partido, liderado pelo prefeito de Cuiabá, tenta contemplar a deputada estadual na chapa majoritária. O primeiro plano é torna-lá pré-candidata a vice na chapa de Taques e o segundo, em caso de inviabilidade, é fazer a indicação para suplente da pré-candidatura do senador Jayme Campos (DEM).

O senador, que tenta a reeleição, não vê problema em nenhuma indicação para compor a disputa para o Senado. Avisou que a decisão é dos partidos aliados. Em contrapartida, internamente no bloco, o questionamento é porquê só na última reunião do grupo, realizada na segunda-feira, o PSB e o PPS apresentaram motivações oficialmente para barrar a indicação do PP para ser o vice de Taques.





Fonte: A Gazeta

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