Golpista usa nome de major da PM
A diarista Vanilda Aparecida Gonçalves, de 38 anos, foi presa por policiais militares acusada de participar de um golpe que vitimou um aspirante a oficial da PM que teve um prejuízo de R$ 1.300 após pagar um celular a pedido de um falsário que se passou por um major PM ex-comandante de um Batalhão do interior. O golpe ocorreu neste domingo a tarde quando o aspirante estava de serviço no 3º Batalhão no CPA. A prisão ocorreu horas depois no pátio de um posto de combustível na saída para Rondonópolis.
Aos policiais, o aspirante informou que sacou R$ 1.500 da conta dele e entregou para dois supostos vendedores. O golpe, no entanto, foi descoberto quando o falsário disse que iria usar outro celular porque aquele estava com a bateria fraca.
O golpista, então, disse que precisava de mais R$ 1.500 porque um familiar tinha se acidentado na estrada e precisava pagar o guincho. Diante do chamado “golpe do carro quebrado”, o aspirante teve a chance de prender os envolvidos ao alegar que não podia fazer novo depósito, pois já tinha excedido o valor.
Então, marcaram um encontro com o dono do guincho na saída para Rondonópolis. Após muita enrolação, o falso major PM designou a vendedora para receber o dinheiro. Ela chegou numa mototaxi e ao pegar um pacote com dinheiro, foi presa.
Conforme os policiais, o falsário, se passando pelo oficial ligou dizendo que precisava encontrar o vendedor de um celular Iphone 4 da filha dele, pois o produto não tinha sido entregue. No aspirante foi até uma quitinete onde deparou com um casal que confirmou ter vendido o celular, mas o depósito com o valor do pagamento tinha sido bloqueado. Ele ligou novamente para o suposto major que acabou pedindo para que ele pagasse o celular.
Após sacar o dinheiro de sua conta e pagar o celular, o aspirante ligou para o falsário para saber se ficava com o aparelho. Para sua surpresa, o golpista disse que poderia deixar com o vendedor, pois o pegaria no “momento oportuno”.
O aspirante ligou para um amigo que conhecia o major e passou outro celular. Do outro lado da linha, o major verdadeiro lamentava o golpe e acrescentou que já teve seu nome usado várias vezes usado pelo golpista. O verdadeiro major disse que iria enviar um comunicado para todos os Batalhões.
O aspirante, então, ligou para o falsário e combinou pagar em dinheiro os R$ 1.500 para o guincho do carro do parente. Não demorou muito e prenderam a vendedora que negou participar do golpe. (AR)
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