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Cidades/Geral
Terça - 17 de Junho de 2014 às 23:44

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Nove meses após um conflito fundiário que deixou os moradores de Luciara, a 1.180 km de Cuiabá, isolados, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou oito fazendeiros pelos crimes de associação criminosa, sequestro, cárcere privado e ameaça aos retireiros, professores e estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A denúncia foi feita pela procuradoria de Barra do Garças, a 516 km da capital.

Em setembro do ano passado, casas de comunidades localizadas em terras da União foram queimadas durante o conflito. Uma delas pertencia ao presidente da Associação de Retireiros do Araguaia, Rubem Taverny Sales. A briga ocorreu porque os sitiantes defendiam a criação de uma reserva florestal, enquanto outros proprietários de terras temiam ser expulsos da área, como informara à época o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Conforme o MPF, as manifestações e os crimes foram orquestrados, coordenados, financiados e estimulados pela associação criminosa da qual supostamente fazem parte os denunciados. A denúncia diz ainda que, além de serem contrários à criação de uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS), cuja proposta tramita no ICMBio, os denunciados são contrários à permanência.

Os manifestantes que fazem parte da Associação de Produtores Rurais da Região bloquearam as estradas de acesso ao município. Barreiras foram montadas nas estradas que dão acesso ao município, para evitar a entrada de pesquisadores que pretendiam ir ao local coletar informaçães acerca da vida dos retirantes.

O professor Cornélio Silvano Vilarinho Neto, que coordenava o grupo de alunos da UFMT, disse que o ônibus em que estavam foi barrado duas vezes na estrada e foram obrigados a voltar para Cuiabá. Eles foram impedidos de continuar a viagem com destino a São Félix do Araguaia, a 1.159 km da capital, passando por Luciara.





Fonte: Do G1 MT

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