Setpu admite implantação de pedágio Trecho da rodovia estadual entre Cuiabá e Campo Verde, passando por Chapada, pode ser privatizado antes do que muitos imaginam
Com o veto do governador Silval Barbosa à lei que proíbe pedágios em rodovias estaduais denominadas “estradas parque”, a MT-251, no trecho entre os municípios de Cuiabá e Campo Verde, passando por Chapada dos Guimarães, pode ser privatizado antes do que muitos imaginam.
O estudo de viabilidade e o projeto sobre quantas praças de pedágios teriam nesse percurso, de pouco mais de 140 quilômetros, já estão prontos na Secretaria Estadual de Transportes e Pavimentação Urbana (SETPU).
A assessoria de imprensa da SETPU informou que para executar o projeto basta o governador dar o sinal. Em março deste ano, após enxurrada de críticas à privatização da rodovia, o governador suspendeu o projeto de concessão da estrada à iniciativa privada. Como admitiu na ocasião, Barbosa recuou porque não queria que essa proposta prejudicasse os candidatos da base governista no pleito eleitoral deste ano.
Quando isso aconteceu, a privatização já estava sendo encaminhada, inclusive com um estudo sugerindo os valores a serem cobrados dos usuários da rodovia, que poderiam variar entre R$ 4,10 e R$ 7,35, dependendo do tamanho do veículo.
E ainda, com sugestões de número de praças de pedágio. Uma delas para que tivesse duas entre Cuiabá e Chapada e uma entre Chapada e Campo Verde. A outra, de quatro pontos, dois entre a capital e Chapada e dois entre Chapada e Campo Verde.
O deputado Geraldo Riva, um dos autores da lei vetada, disse que vai articular junto aos demais parlamentares a derrubada do veto do governador. Para ele, não há razão para temer a legislação se o próprio Governo havia desistindo da concessão.
Nas redes sociais, moradores de Cuiabá e demais cidades atingidas pela proposta de privatização voltaram a se mobilizar contra o pedágio.
Na página “Pedágio Não!”, criada no facebook, os protestos e críticas ao governo do Estado foram retomados com força. A postagem com o seguinte texto: “Sabemos que o pedágio (nesse trecho) não trás benefícios a população, e temos total convicção que há alternativas mais eficazes, duradouras e econômicas para a solução do problema”, teve dezenas de compartilhamentos.
Os organizadores voltaram a convocar a comunidade para sair às ruas, como fizeram diversas vezes no início do ano, com apelos do tipo: #prontosparaluta #sengundoround #vamospracima.
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