Embargos provocam queda de 7,6% nas exportações de carne bovina

Os embargos de ao menos quatro países provocados pelo caso atípico do Mal da Vaca Louca provocaram uma queda de 7,6% nas exportações de carne bovina de Mato Grosso no mês de maio em relação a abril, quando a ocorrência foi registrada. Somente o Irã reduziu em 68,1% as negociações entre um mês e o outro, enquanto o Peru não realizou nenhuma compra.

Em maio 22,3 mil toneladas de carne bovina mato-grossenses foram enviadas para o mercado exterior, o que somaram US$ 102,6 milhões em negócios, conforme dados da Balança Comercial divulgada recentemente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Tais resultados são menores que as 24,3 mil toneladas enviadas em abril, que resultaram em US$ 111,05 milhões.

Diante do caso do Mal da Vaca Louca, mesmo sua atipificidade sendo comprovada, Peru, Egito, Irã e Argélia embargaram por 180 dias a carne bovina do Estado.

O Irã que em abril havia adquirido 2,425 mil toneladas de carne, tiveram apenas 781,3 toneladas enviadas em maio. As negociações caíram de US$ 11,02 milhões para US$ 3,5 milhões, ou seja, recuo de 68,1%.

Já o Egito reduziu em 21,3% as negociações, de US$ 7,737 milhões para US$ 6,085 milhões. Em termos de volume a queda foi de 2,268 mil toneladas para 1,679 mil toneladas.

A Argélia por sua vez reduziu em apenas 15,4%, de US$ 1,826 milhão para US$ 1,544 milhão. Enquanto o Peru, que em abril havia comprado US$ 149,4 mil em carne bovina de Mato Grosso, em maio não realizou nenhuma negociação.

Desde os embargos visitas técnicas do Mapa a tais países foram realizados para reverter à situação. As respostas ainda são aguardadas pelo governo brasileiro.