Lúdio tenta trazer o PP de volta para base governista
Pré-candidato ao governo do Estado, o ex-vereador Lúdio Cabral (PT), tem buscado aproveitar o momento de instabilidade do grupo de oposição para atrair de volta à base governista o PP.
A legenda tem sofrido resistência por parte de outras que compõem o grupo porque é cotada para indicar o candidato a vice-governador.
No último final de semana, o petista iniciou as articulações para tentar convencer os progressistas a apoiarem seu projeto rumo ao Palácio Paiaguás.
A conversa de Lúdio foi com o presidente regional do PP, deputado estadual Ezequiel Fonseca. Eles se encontraram em Cáceres, reduto eleitoral do parlamentar.
Na ocasião, Lúdio usou o argumento de que os progressistas fazem parte do arco de aliança nacional que defende a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
Destacou ainda que o senador Pedro Taques (PDT), pré-candidato ao governo pela oposição, não tem compromisso de defender o projeto de Dilma no Estado, tendo em vista que deve ter mais candidatos a presidente em seu palanque.
Acontece que a possibilidade de continuar apoiando a candidatura da presidente à reeleição foi uma das principais exigências do PP para fechar um acordo de aliança com Taques. Os progressistas queriam ter certeza de que a petista também será ‘bem-vinda’ no palanque dos oposicionistas.
Antes da conversa com o presidente da legenda, Lúdio também conversou com o empresário Eraí Maggi (PP). Para o progressista, o pré-candidato realçou a necessidade de o PP estar com o grupo da situação.
Lúdio faz parte do grupo de políticos que considera importante ter o apoio de Eraí, uma vez que o progressista é tido no Estado como uma forte liderança do setor produtivo.
Na conversa com o empresário, o petista destacou que o PP tem bons quadros para compor a chapa majoritária. Além do próprio Eraí, lembrou nomes com o do presidente licenciado da Aprosoja, Carlos Fávaro.
Fávaro, aliás, é cotado para a vaga de candidato a vice-govenador na chapa de Taques. Ele, todavia, enfrenta resistência de outros partidos de oposição, como PSB e PPS.
As duas legendas, que estão com Taques desde 2010, consideram injusto que um aliado que aderiu ao grupo neste ano indique o candidato a vice.
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