A Polícia Civil de Santos (SP) apreendeu o carro que pode ter atropelado, no último dia 23, a jovem Ana Carolina Teixeira, cuja internação na Santa Casa de Santos originou a maior doação de sangue para uma única pessoa, desde o ano passado na instituição. Ana Carolina morreu na última segunda-feira. O Renault Logan foi encontrado em uma oficina mecânica da cidade e apresenta características semelhantes às capturadas por câmeras de segurança. Na ocasião, o condutor fugiu sem prestar socorro à vítima.
O automóvel se encontra no 7º Distrito Policial (DP) de Santos e passou, na tarde desta quinta-feira, por perícia que apontou danos característicos de atropelamento no para-brisa, além de ter parte do capô amassado e ausência de uma das lanternas dianteira.
A polícia relatou que um boletim de ocorrência por furto do veículo foi registrado um dia após o atropelamento. O delegado Jair Mazetto, no entanto, alega ter indícios de que o furto não ocorreu, sustentado por imagens e depoimento do porteiro do edifício onde mora o dono do veículo.
"O registro foi feito através da Delegacia de Boletins Eletrônicos. Esse veículo foi dado como furtado, mas já temos indícios de que isso não aconteceu. Nós temos imagens desse veículo dentro de um prédio, dando conta que nesse período alegado de furto ele estava na posse de seu proprietário", afirmou Mazetto.
O condutor - além do homicídio, a princípio culposo - deve responder por falsa comunicação de crime, omissão de socorro e fuga do local do acidente. O inquérito ainda pode ser conduzido como homicídio doloso. O suspeito reside em São Paulo, mas possui imóvel em Santos. Sua advogada esteve na DP e optou por não se pronunciar sobre o caso.
Ana Carolina Teixeira, já internada na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Santos, foi centro de mobilização nas redes sociais com pedidos para doações de sangue. Somente em um dia, 59 pessoas foram até o hospital.
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