PM explica por que ficou afastada durante ato do MPL Segundo a PM, o distanciamento foi um pedido dos manifestantes
O protesto realizado pelo MPL (Movimento Passe Livre), nesta quinta-feira (19), terminou com agências bancárias e concessionárias depredadas. O distanciamento dos policiais militares durante a manifestação é apontado como um dos motivos para o tamanho da destruição. Questionada sobre o assunto, a PM se justificou dizendo que apenas atendeu a um pedido dos próprios manifestantes. Ninguém foi preso.
A Polícia Militar declarou, durante coletiva de imprensa na noite desta quinta, que o MPL mandou um ofício afirmando que a presença ostensiva dos policiais era brutal e pedindo o distanciamento durante a manifestação. A polícia disse ter aceitado o pedido, ainda mais porque o grupo havia mandado todo o trajeto do protesto, e se manteve distante.
A manifestação do MPL era a favor da tarifa zero e pedia a readmissão de trabalhadores do transporte público que foram demitidos durante greves. O protesto começou pacífico às 15h na praça do Ciclista, na avenida Paulista, com a presença de cerca de 1.300 pessoas.
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Já na avenida Rebouças, parte do grupo quebrou o vidro do carro da TV Gazeta que estava estacionado. Os integrantes do movimento também depredaram uma agência do Banco do Brasil.
Durante o protesto, houve discussão dos membros do movimento sobre as depredações, pois parte deles era contra atos de vandalismo.
Depois das 18h, o grupo chegou à marginal Pinheiros e a bloqueou totalmente no sentido Castello Branco. Os manifestantes atearam fogo em seis catracas de papelão e queimaram pneus. Mascarados ainda usaram barras de ferro e pedaços de madeira para fazer barricada na via.
Os mascarados ainda invadiram uma concessionária de automóveis de luxo perto da ponte Eusébio Matoso. O grupo usou vários objetos, inclusive extintores de incêndio, para depredar os veículos. Parte dos manifestantes saiu da marginal Pinheiros e entrou na rua Butantã, onde destruiu três agências bancárias, além de vasos de plantas em frente a edifícios, telefones públicos e lixeiras.
Quando a Polícia Militar chegou, os manifestantes já haviam dispersado. A PM fez uma varredura pela região, por volta das 19h30. A Cavalaria da PM chegou ao largo da Batata, mas já não havia mais sinal de grupos praticando vandalismo. Ninguém foi preso.
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