Para delegado, informações sobre sumiço de grávida são 'contraditórias' Fábio Pinho Alonso trabalha com hipótese de homicídio ou fuga. Jovem, de 17 anos, foi vista pela última vez em Ocauçu há uma semana.
As informações sobre o desaparecimento da adolescente Tânia Barros, de 17 anos, moradora de Ocauçu (SP), estão divergindo, segundo o delegado Fábio Pinha Alonso, que investiga o caso. “A dificuldade é que as informações são contraditórias. Algumas testemunhas dizem que ela foi vista pela última vez entrando na casa do possível namorado de 60 anos (na última quinta-feira- 12). Outras dizem que ela foi vista voltando para a casa dela", afirma.
Segundo relatos de familiares, a adolescente, que está grávida de quatro meses, está desaparecida há pelo menos uma semana. O suposto namorado dela, de 60 anos, foi ouvido e negou o relacionamento entre eles. "Além disso, ele disse que não a via há muito tempo", completa o delegado. Ele não tem passagem pela polícia, mas nenhum suspeito será descartado, garantiu Fábio Pinha.
O delegado deve ouvir nos próximos dias um jovem de Campos Novos Paulista, apontado como ex-namorado de Tânia. Segundo Fábio, o rapaz também poderia ser o pai do filho dela. Até a manhã desta sexta-feira (20) ele não havia sido localizado. A Polícia Civil também fez buscas em Campos Novos Paulista, após uma denúncia que ela poderia estar escondida em uma casa na cidade, mas nenhuma pista foi encontrada.
A Polícia Civil trabalha com várias hipóteses. “Trabalhamos com a possibilidade de homicídio, entre outras. Ela também pode ter fugido por medo, não podemos descartar nenhuma possibilidade”, afirma o delegado, que também disse que exames feitos pela adolescente foram pedidos na Justiça ao hospital em Ocauçu, onde ela estaria fazendo o acompanhamento pré-natal, para ajudar nas investigações.
Apoio e buscas
Apesar do homem de 60 anos negar o romance com a adolescente, a família de Tânia afirma que todos sabiam do envolvimento dos dois e que ele seria o pai do bebê que ela espera. "Os dois negavam o namoro, mas ela contou para nossa irmã, gêmea dela, que ele é o pai do bebê", afirma Taís Mara da Silva, irmã de Tânia.
Segundo ela, a família apoiou a adolescente desde o início da gravidez e que ela não teria motivos para fugir. "Desde que ela nos contou da gravidez demos total apoio. Ela é uma pessoa muito tranquila, não tinha motivo para desaparecer sem nos avisar", conta. Ainda segundo a família, a jovem não tinha envolvimento com drogas nem passagem pela polícia, o que foi confirmado pelo delegado.
A adolescente foi procurada em casas abandonadas, hospitais e também nas cidades da região. Um grupo de civis, denominado Associação "Anjos das Guardas", também ajuda nas buscas pela região, com apoio da Polícia Militar. O presidente da associação, Claudio Schlic, afirmou que as buscas vão ser retomadas nesta sexta-feira, à partir das 13h, com a equipe de rapel. "No domingo, nós também faremos mais buscas se ela ainda não tiver sido localizada", destaca.
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