Ferrarin reclama da indefinição da base governista e expõe preocupação

Cotado para ser vice do petista Lúdio Cabral na disputa pelo Palácio Paiaguás, o empresário Rogério Ferrarin (PMDB) reclama da indefinição da base governista que, para ele, prejudica o grupo. O peemedebista avalia que o bloco situacionista é forte, com grande número de prefeitos e vereadores e, por isso, já deveria ter avançado nas conversações. “Esta situação é ruim para todo mundo”, pondera em entrevista ao Rdnews.

Ferrarin, que disputou a Prefeitura de Lucas do Rio Verde em 2012 e perdeu por uma pequena diferença para Otaviano Pivetta (PDT), apesar de não admitir, sinaliza que há possibilidade de integrar a chapa majoritária. “Hoje existe um projeto implantando e vamos respeitar a decisão do partido”. O empresário tem forte ligação com o setor do agronegócio, sendo bem relacionado com o ministro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Neri Geller.

Hoje, o cenário da base governista não é nada bom. A pouco mais de uma semana para encerrar o prazo das convenções (30), ainda não se sabe quem serão os candidatos do grupo a governador, a vice e ao Senado. A ala é composta pelo PMDB, PT, PR, Pros e PC do B. Os principais nomes cotados à disputa, além de Lúdio, são o ex-juiz federal Julier Sebastião (PMDB) e o vice-governador Chico Daltro (PSD).

A situação é tão preocupante que, em reunião ocorrida nesta quarta (18), o grupo decidiu que os três pré-candidatos serão submetidos à sabatina, onde terão 30 minutos para expor aos aliados políticos os motivos para conquistar o comando do Governo. As oitivas devem acontecer na próxima segunda (23), a partir das 8h, na sede do PR, em Cuiabá.