Costa Rica volta sem torcida e rebate desconfiança na Copa
Costa Rica chegou no início da madrugada deste sábado em Santos após garantir a classificação para a segunda fase da Copa do Mundo com a vitória por 1 a 0 diante da Itália, na sexta, na Arena Pernambuco, no Recife. A recepção da maior surpresa da Copa do Mundo, no entanto, limitou-se a cerca de dez curiosos presentes e não contou com torcida, que só volta em voo mais tarde. Além disso, ficou marcada pelo desabafo as desconfianças com relação ao desempenho do País no chamado "grupo da morte" da competição. "O mais importante é que estamos convencidos de que podíamos fazer história, passar a fase seguinte e agora estamos aqui sonhando. Foi um esforço do grupo e sabemos que podemos alcançar coisas importantes no Mundial, pois nos preparamos com consciência. Todas as críticas e comentários a nós tomamos como um apoio favorável, foi o que nos deu forças para conseguir os dois resultados importantes", disse o zagueiro Michael Umaña. "Sim (nos sentimos menosprezados) por muitas coisas. Falaram muito de nós. Isso nos tocou, pois sabíamos o que poderíamos fazer aqui. Viemos com humildade, trabalhamos, e fomos premiados por Deus. Esse grupo foi premiado pelo trabalho e pelo esforço a conseguir coisas muito boas, tudo com os pés no chão. Sabemos que podemos alcançar ainda mais coisas", completou. Os costarriquenhos caíram no Grupo D da competição, encabeçado por três campeões mundiais: Itália, quatro conquistas, Uruguai, duas, e Inglaterra, uma. A equipe, no entanto, surpreendeu ao vencer por 3 a 1 de virada os uruguaios na estreia e, ainda mais, com o triunfo diante dos italianos, assegurando a classificação antecipada. A confiança da delegação não é nova. Mesmo antes da estreia, o técnico Jorge Luis Pinto pediu para que a sua equipe jogasse "sem temor e medo" e afirmou que confiava em um trabalho rigoroso de monitoramento dos rivais por pessoas de sua confiança para surpreendê-los. "É difícil (saber o tamanho da conquista). Foi algo muito grande, muito bom para nós, para o nosso futebol. Eu, pessoalmente, estou muito contente, pois abrimos muitas portas para os jogadores de Costa Rica, para que possam olhar para o nosso futebol com esse Mundial. Devemos seguir sonhando", afirmou Umaña. O discurso otimista do treinador não foi novo. Na visita de rotina da comitiva à Santos, cidade escolhida como sua subsede, em fevereiro, Pinto surpreendeu os presentes com respostas otimistas, dizendo até mesmo ao fim da coletiva que a logística da seleção terminaria no Rio de Janeiro, alusiva a uma possível final da competição. A equipe, agora, treina já durante à tarde, às 15h30 (de Brasília), e volta a jogar na terça, diante da Inglaterra, às 13h (de Brasília), no Mineirão, em Belo Horizonte. À noite, os costarriquenhos participarão de um evento festivo promovido por políticos da cidade, em um clube, sem a presença dos jogadores.
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