Invasor de jogo no Ceará é acusado de nazismo; Fifa analisa
A invasão em campo de um torcedor na partida entre Alemanha e Gana, no sábado (21), em Fortaleza, virou centro de polêmica na imprensa internacional. O rapaz não identificado que adentrou as quatro linhas da Arena Castelão foi acusado de carregar, em seu próprio corpo, mensagens neonazistas.
Ele invadiu o gramado aos 7min do segundo tempo, pouco depois de Mario Götze abrir o placar para a Alemanha. Assim que pisou no campo de jogo, tirou a camisa e exibiu uma pintura em seu peito. Havia a inscrição "HHSSCC", além de alguns números.
A transmissão oficial da Copa do Mundo, como de costume, cortou as imagens imediatamente, e o invasor, após abraçar grande parte dos atletas, foi “escoltado” para fora de campo pelo volante ganês Sulley Muntari.
De acordo com jornais africanos, a mensagem que o invasor tentava transmitir por meio da escritura em seu próprio corpo tinha cunho neonazista. Neste domingo, a Fifa se pronunciou sobre o tema e disse que irá investigar o ocorrido.
“Ainda não recebemos o relatório das pessoas envolvidas no jogo. E, se for o caso, vamos abrir investigação. Temos posição forte, e o caso está sendo analisado. Não sabemos ainda o que estava escrito nele e nas faixas que foram retiradas de torcedores”, declarou Delia Fischer, chefe do departamento de comunicação da Fifa.
As faixas às quais ela se refere também foram alvo de polêmica na imprensa internacional. Registros divulgados na internet mostram cartazes de cunho racista e até alguns torcedores com o rosto pintado de preto nas arquibancadas da Arena Castelão.
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“Temos equipe cuidando de tudo, removendo faixas com mensagens discriminatórias. Temos politica de tolerância zero com qualquer tipo de discriminação. Pegaremos as evidências e mandaremos para o nosso comitê disciplinar. Eles vão analisar todos os documentos. Não posso comentar. Se virem motivo, vão abrir procedimentos”, decretou.
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