Confiança do consumidor é a mais baixa desde 2005, diz pesquisa da CNI Índice de Expectativa do Consumidor atingiu 106,3 pontos em junho. Baixa confiança do consumidor se tornou ainda mais aguda, diz CNI.

A confiança do consumidor brasileiro atingiu, em junho, o menor valor desde setembro de 2005. Segundo a Confederação Nacional da Indústria, o indicador atingiu 106,3 pontos no mês. A pesquisa foi feita em parceria com o Ibope, com 2.002 pessoas de 142 municípios entre 13 e 15 de junho.

Na comparação com maio, houve uma queda de 1,2%. Frente a junho do ano passado, foi registrado um recuo de 3,5%. "Esses resultados indicam que a baixa confiança do consumidor, que já tinha sido observada nos quatro meses anteriores, se tornou ainda mais aguda em junho", avaliou a CNI.

Segundo a Confederação Nacional da Indústria, os fatores que mais influenciaram a queda do índice de expectativa do consumidor em junho foram as perspectivas para os próximos seis meses em relação ao emprego e à renda. Pelo segundo mês consecutivo, o indicador de expectativa de desemprego caiu, desta vez para 108,9 pontos – valor 5% inferior ao de maio.

Já o indicador de expectativa em relação à renda pessoal recuou 4,8% neste mês, acrescentou a CNI, e o de perspectiva para a inflação diminuiu 2,8% na comparação com o mês anterior. Quanto maior a queda desses indicadores, maior é o pessimismo do consumidor em relação ao emprego, à renda pessoal e à inflação, esclareceu a entidade.

Além disso, ainda segundo a CNI, a população considera que a situação financeira piorou. "Em junho, o indicador de situação financeira teve queda de 1,5% na comparação com maio. Esse resultado mostra que que a situação financeira da população está pior agora do que há três meses", informou.

O indicador de endividamento, por sua vez, cresceu 3,3% no mês passado. Isso significa, de acordo com a entidade, que um número maior de pessoas disse estar menos endividada agora do que há três meses. "Esse comportamento é bastante razoável, considerando a crescente preocupação com a inflação e a piora na expectativa quanto à renda pessoal", concluiu a CNI.