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Sábado - 28 de Junho de 2014 às 15:08

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A convenção do PTB foi marcada pelo discurso de revolta da ex-senadora Serys Slhessarenko, preterida na disputa pela única vaga do Senado destinada a Mato Grosso neste pleito.

Ao questionar os motivos pelos quais seu projeto não teria sido abraçado pela legenda, a petebista chegou a desferir críticas veladas ao candidato ao governo do bloco ao qual o PTB aderiu: o senador Pedro Taques (PDT).

“Talvez os meus princípios não se aproximem de um determinado candidato a governador e, por isso, eles não me queiram. Talvez seja porque não tenho dinheiro. Ora! Mulher, com princípios políticos e ideológicos determinados contra qualquer desvio de corrupção, plenamente centrada em cima da ética e sem dinheiro. Isso eles não querem”, disparou.

Serys não considera a possibilidade de deixar o partido, como fez com o PT após as eleições de 2010, quando também foi deixada de lado depois de disputar internamente a candidatura ao Senado com o então deputado federal Carlos Abicalil. Ainda assim, fez questão de pontuar a semelhança entre os dois casos. “A história é extremamente próxima, quase igual”, lamentou com os olhos marejados.

O PTB encerrou a convenção sem a definição de seu futuro na eleição. O encaminhamento mais provável, no entanto, é o de que o partido permaneça no grupo oposicionista, que apoia a candidatura de Taques ao governo e já tem definido que o senador Jayme Campos (DEM) disputará a reeleição.

Embora a direção da legenda garanta que tudo pode mudar até o próximo dia 30, quando se encerra o prazo para as convenções, Serys pode continuar preterida, caso se confirme a decisão de ontem.

Uma cláusula na ata aprovada permite que ela seja reaberta a qualquer momento para alterações. Por enquanto, o que está definida é a coligação com o nanico PSL.

APOIO – Apesar do encaminhamento, Serys também recebeu apoio durante o ato. O líder do governo da Câmara de Cuiabá, vereador Leonardo de Oliveira (PTB), analisou que o melhor caminho a ser trilhado pela sigla é não perder a ex-senadora.

Ele avaliou ainda haver coerência na possibilidade de Taques ter dois candidatos ao Senado em seu palanque, tendo em vista que fará o mesmo no caso dos presidenciáveis.

O coordenador-geral do PTB, Marquinhos Mendonça, também lamentou o destino dado a Serys. “Esse tipo de coisa leva o partido ao suicídio. É uma dor no coração, porque se trata de um belo nome”.

PROPORCIONAIS – Na convenção desta sexta-feira, o PTB ainda deliberou que 33 candidatos concorrerão às vagas na Assembleia Legislativa. Pelo PSL, serão 10. Já à Câmara Federal, o objetivo é que três pessoas disponibilizem seus nomes. 





Fonte: Do DC

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