Após ver choro do Brasil, técnico argentino prefere neurônio a músculo
As lágrimas do experiente goleiro Júlio César e do capitão Thiago Silva, além do astro Neymar, antes das cobranças de pênaltis contra o Chile, no sábado, chamou atenção até na Argentina. O técnico Alejandro Sabella citou as cenas do jogo das oitavas de final da Copa do Mundo para ressaltar a importância do equilíbrio emocional dos jogadores.
“Eu estava vendo Brasil x Chile e falaram muito sobre o equilíbrio emocional necessário nesses momentos. Se fosse um músculo, a mente seria o músculo mais importante. É muito importante usar a mente. É como dizem: um grama de neurônio pesa mais que um quilo de músculo”, definiu o argentino.
O comandante vai além dos pedidos aos jogadores para ter cuidado em evitar faltas e cartões amarelos. Sabella coloca as condições psicológicas acima dos preparativos técnicos e até físicos na preparação para as partidas eliminatórias deste Mundial, a começar pela desta terça-feira, em Itaquera, contra a Suíça. O preparo mental, para ele, é mais vital até do que treinar cobrança de pênaltis.
“Um grupo treinou pênaltis ontem (domingo), mas foi algo informal. Não é a mesma coisa de bater com 80 mil pessoas e tudo o que significa aquele momento. Por isso é importante o que fazemos antes com a mente dos jogadores”, avisou, mostrando preocupação na questão.
“Além da técnica e da parte física, ainda mais nesse calor, quando falamos de futebol em alto rendimento, e em um campeonato de máximo nível de seleções como esse, como pode ser a Libertadores ou a Liga dos Campeões, o caráter é fundamental, o equilíbrio emocional é um fator quase vital”, comentou, satisfeito com o trabalho neste sentido com os atletas.
“O corpo técnico tem uma boa relação com os jogadores e sabemos que precisa ser uma relação especial. Um técnico precisa saber diferenciar os jogadores para que o grupo fique bem e trabalhe no campo, são seres humanos com particularidades, não deixa de ser um trabalho individual”, analisou.
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