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Saúde
Quarta - 02 de Julho de 2014 às 07:49

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Apesar de todas as propagandas, não existem dietas ou suplementos milagrosos que fazem com que a perda de peso aconteça da noite para o dia.

No entanto, um grupo de pesquisadores, liderados por Sean Davies, da Universidade Vanderbilt, EUA, modificaram bactérias que residem no intestino e provaram que elas podem evitar o ganho de peso, mesmo depois de mais de um mês do fim do tratamento.

Eles resolveram modificar a bactéria chamada E. coli, para que ela produzisse o composto N-acilfosfatidiletanolamina (NAPE), que atua como um inibidor do apetite. As bactérias foram adicionadas à água dos ratos, que foram alimentados com dietas de elevado teor de gordura ao longo de oito semanas.

Os camundongos que ingeriram as bactérias modificadas ganharam menos peso, pois consumiram menos comida, e tiveram menos marcadores de diabetes. Além disso, os ratos que consumiram as bactérias produtoras de NAPE continuaram a apresentar esses efeitos por até 6 semanas após o tratamento ser interrompido.

O intestino humano contém cerca de 100 trilhões de microorganismos, sendo que a maioria deles é proveniente de aproximadamente 40 espécies. Muitas delas oferecem diversos serviços benéficos no que tange à digestão e eliminam micróbios causadores de doenças. Por isso, esse “probiótico” tão comum – E. coli – pôde ser manipulado para se usar a fim de perder peso. Porém, infelizmente, ainda há algumas mudanças importantes que têm de ser feitas antes dos ensaios clínicos em seres humanos.

Atualmente, bactérias geneticamente modificadas são resistente a antibióticos para facilitar seu crescimento em laboratório para fins de experimentação. Enquanto as bactérias não mostrarem quaisquer sinais de nocividade, os investigadores poderão encontrar uma alternativa para que elas possam ser utilizadas em humanos.

Todas essas buscas e estudos giram em torno do grande problema que a população mundial encara: a obesidade. Esta se tornou uma epidemia, que mata 2,8 milhões de pessoas a cada ano.

A diabetes tipo 2 afeta 347 milhões de pessoas, e mais de 80% delas são consideradas obesas. A obesidade é a sétima principal causa de morte nos EUA desde 2006, podendo trazer consequências sérias aos nervos, insuficiência renal, AVC e, às vezes, é preciso amputar determinados membros.

Enquanto essas soluções laboratoriais não podem ser aplicadas a seres humanos, para poder evitar esse mal, é preciso pensar em uma dieta rica em alimentos saudáveis, com pouca gordura, e fazer exercício físico sempre.





Fonte: JCI

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