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Nacional
Sexta - 04 de Julho de 2014 às 12:56

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O candidato à Presidência da República pelo PSB ( Partido Socialista Brasileiro), o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, em entrevista falou para o povo baiano sobre sua trajetória, metas e propostas. Campos começou cedo na vida política, seu avô também foi governador, e ainda estudante se envolveu na luta pela reconstrução da democracia. Ele foi deputado estadual, três vezes deputado federal e Ministro da Ciência e Tecnologia no primeiro mandato do Presidente Lula.

1. Candidato porque o senhor quer ser o Presidente da República e porque acha que merece o voto dos brasileiros?

Eduardo Campos: Por que o Brasil parou de melhorar, começou a piorar. Dilma é a primeira Presidente da República que vai entregar o país pior do que quando entrou. Eu sou nordestino, governei o estado de Pernambuco, fiz muito pelo povo e acumulei uma experiência administrativa muito grande. Eu quero, ao lado da Marina Silva, ser uma opção para o Brasil mudar, mas não mudar para o passado, mas para o futuro, levando as conquistas que tivemos, mantendo aquilo que é bom, que funcionou como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o Prouni, mas enfrentando a corrupção, enfrentando a paralisia da economia, contendo a inflação. O Brasil parou de crescer, nós aqui da Bahia, nós do Nordeste, quando o Brasil para nós pagamos o preço mais caro, porque aqui é onde tem economia mais frágil, as pessoas que mais precisam. Eu quero ser o presidente para colocar o Brasil de volta no caminho certo, para unir os brasileiros, para fazer mudanças como, por exemplo, o compromisso um da nossa campanha, que é colocar escola de tempo integral na vida dos brasileiros. Eu fiz em Pernambuco uma revolução no ensino médio quando construímos a maior rede de ensino em tempo integral do Brasil, mais do que São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais juntos. Quero ser o primeiro presidente que não vai aumentar impostos, que vai baixar essa violência, que hoje assombra o Brasil como todo, eu fiz isso como governador. O estado de Pernambuco, no nosso governo, em sete anos, foi o único estado do Brasil que todo ano reduziu a violência.

2. O senhor comentou que a Presidente Dilma é a primeira a entregar o governo pior do que encontrou. Caso o senhor não chegue ao 2º turno, então não vai apoiar Dilma?

E.C.: Eu vou estar no segundo turno, não tenho dúvida disso, porque há um grande desejo de mudança na sociedade brasileira. Em 2010, quando Lula apoiou a Dilma, 70% da população queria continuar, hoje mais de 70% quer mudança. Mas só que as pessoas não querem mudança voltando para trás, na verdade as pessoas querem conservar as coisas boas, unir o Brasil e alguém que saiba fazer. Eu mostrei como governador de um estado do Nordeste, com dificuldades de recursos que é possível fazer. Fazer o estado ser o que mais cresceu no nordeste, mais reduziu a violência, que mais fez educação em tempo integral, que atraiu investimentos importantíssimos e com certeza é essa experiência que vou colocar a disposição do Brasil, para o país viver um novo ciclo com desenvolvimento e sustentabilidade.

3. O senhor participou do governo Lula como ministro. Acha que Lula, como nordestino, fez bem ao Nordeste?

E.C.: Acho que sim. Ele fez no seu governo mudanças importantes na visão que Brasília tinha da realidade do nordeste brasileiro, tanto é que o povo brasileiro com ajuda muito grande do nordeste reelegeu o presidente Lula e depois em 2010, a pedido dele, elegeram a presidente Dilma. Veja que a eleição que Dilma disputou no 2º turno com o José Serra ela empatou no Brasil inteiro, onde ela colocou a diferença e conseguiu vencer foi no nordeste. Mas o fato é, a verdade pode ser dura, mas tem que ser dita, com muito respeito, que ela não deu ao Nordeste o que ela recebeu do Nordeste. O Brasil não vem andando bem e quando as coisas não estão bem temos que resolver. Isso é feito dentro da casa da gente, no pequeno comércio, em uma empresa quando as coisas não vão bem temos que cuidar antes que piorem, temos que mudar, e mudar o jeito de governar. O noticiário de Brasília mostra que eles vivem em um mundo a parte, eles não compreendem o nossa realidade, o nosso dia-a-dia. Chegou a hora de dar uma limpada, de oxigenar, colocar quem quer trabalhar sério,

reunir os brasileiros do bem e mostrar que é possível governar o Brasil com os sérios, com os decentes, com os que amam esse país, com os que têm responsabilidade.

4. Uma das criticas que fazem ao governo atual é que há muitos ministérios. O senhor acha o número de ministérios excessivos e caso eleito extinguiria algum?

E.C.: Claro, é muito excessivo. Pior é ver esses ministérios serem distribuídos por tempo de televisão para campanha política. Eu e a Marina teremos pouco tempo na televisão, mas pelo menos estaremos às mãos soltas e limpas para fazer um grande trabalho no Brasil, exatamente porque não estamos negociando dessa forma. Pelo menos a metade desses ministérios não tem razão de existir, tem que reduzir esses cargos que servem de moeda de troca com a velha política.

5. O senhor é economista e prometeu reduzir a carga tributária. De que forma faria isso?

E.C.: Na verdade eu fiz isso como governador em mais de 40 projetos de lei. Eu fui o único governador de Pernambuco que nunca enviou para a assembleia para aumentar tributo, ao contrário, mandei vários projetos para reduzir os impostos. Por exemplo, reduzi o ICMS da conta de energia dos mais pobres, quase 400 mil pessoas que pagavam ICMS deixaram de pagar no nosso governo. Eu falo daquilo que já fiz, ao contrário de quem promete e não faz. E vou fazer isso como Presidente da República e vou transferir isso para os estados. Hoje, sobretudo agora nesses últimos três anos, o governo federal tem concentrado a maior parte da renda pública e tem quebrado municípios médios e pequenos, sobretudo do interior do Brasil. Estão fechando as portas, demitindo professores, gente de creches, atrasando salários. Precisamos de uma reforma que anime a economia, mas que ao mesmo tempo descentraliza a renda para que tudo que acontece no município não seja preciso ir para Brasília pedir recursos que nunca chegam.

6. Quais as suas considerações finais?

E.C.: Quero dizer que tenho muita confiança que a Bahia vai ajudar a mudança do país no futuro e afirmar que assumo os compromissos com o desenvolvimento da Bahia, dar melhoria da qualidade de vida, dar mobilidade. Assumo o compromisso com o interior, com os produtores do campo, com os que lutam no polo petroquímico. Eu conto com sua ajuda para mudar o país.





Fonte: Do R7

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