Enfermeiros entram em greve na segunda-feira em Cuiabá Auxiliares e técnicos também ficam com efetivo de apenas 30% nas unidades
Os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem lotados em unidade de Saúde de Cuiabá entram em greve na próxima segunda-feira (7). A decisão foi tomada na tarde de sexta-feira (3), em assembleia-geral.
Conforme a categoria, apenas 30% do total de 1.100 profissionais trabalharão em serviços considerados essenciais, como a aplicação de medicamentos em pacientes.
“Outros serviços como curativos e banhos não serão feitos. Sabemos que é impactante, mas só assim para, quem sabe, a Prefeitura nos escutar”, disse uma enfermeira, que pediu para não ser identificada.
Ao site, o presidente Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen), Dejamir Soares, já havia afirmado, na quinta-feira (3), que a paralisação era a última medida a ser adotada, porém era necessária, uma vez que rodadas de negociações com o Município vinham sendo feitas desde o ano passado.
“O sindicato tem feito um esforço enorme de diálogo para que a greve não visse a ocorrer. Porém, diante do que a gestão tem apresentado, não vemos outra saída. Existe, por exemplo, duas leis em vigor – a 4.424 e a 094 –, que dizem que um prestador de serviço tem que receber salário inicial de um estatutário. Hoje, essa lei é descumprida”, afirmou.
“O fato é que o Município paga um salário mínimo para enfermeiros e técnicos de enfermagem contratados. Ou seja, há desvalorização monstruosa. Os concursados trabalham em um regime de 40 horas, com salário inicial de R$ 2 mil, enquanto médicos e odontólogos trabalham 20 horas com inicial de R$ 3.500. Queremos isonomia”, completou.
Apesar de trabalhar em menor número no município, na segunda-feira, os 70% que cruzarão os braços estarão na frente do Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá.
Outro lado
Ao MidiaNews, por celular, o secretário municipal de Saúde, Werley Peres, informou que está fora de Cuiabá e chega no domingo (6) para tentar, mais uma vez, conversar com a categoria.
“Estamos em mesa de negociação ainda. Não entendo o porquê da greve, já que o diálogo não foi e nunca poderá ser rompido”, afirmouu.
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