Falha do diretório nacional deixa o PPL fora da eleição
Por uma falha da direção nacional da legenda, o Partido da Pátria Livre (PPL) deve ficar fora do pleito eleitoral deste ano. Na última segunda-feira (30), a sigla havia abandonado a candidatura ao governo do senador Pedro Taques (PDT) e anunciado apoio ao deputado estadual José Riva (PSD), que também concorre ao Paiaguás.
Conforme o presidente regional da legenda, Adolfo Grassi, a direção nacional do partido não fez a ativação do diretório regional de Mato Grosso em tempo hábil para que o partido pudesse entrar na disputa.
Com isso, o apoio do PPL à chapa de Riva será o conhecido “apoio branco”, ou seja, oficialmente, a legenda está fora da coligação e não deve beneficiar o social-democrata com tempo de propaganda eleitoral no rádio e televisão, como havia sido cotado inicialmente.
O PPL já contava com diversos pré-candidatos a deputados estaduais e federais. A sigla faria composição com o PTN, PTC, PEN, PRTB, PTdoB e SDD. O grupo lançará 20 postulantes às vagas da Assembleia Legislativa.
Segundo Grassi, nem ele mesmo sabia do problema burocrático. Ele conta que os pré-candidatos foram informados do fato na última quinta-feira (3). “É com o coração partido que faço esse anúncio, porque todos trabalharam muito para serem candidatos”, diz.
Ainda que estejam impossibilitados de disputar, Grassi destaca que busca uma forma de entrar na disputa. Para isso, a legenda deve entrar com um processo na Justiça na busca por concorrer ao pleito deste ano.
No entanto, o próprio presidente avalia que a saída poderia não ser interessante, já que a legenda teria que disputar com chapa pura. Grassi diz que isso dificultaria alcançar os números de votos necessários para eleger um candidato.
Em seus cálculos preliminares, cada legenda devera obter quase 60 mil votos para eleger um deputado estadual.
A primeira eleição com a participação do PPL ocorreu em 2012. Naquele ano, Grassi foi candidato a prefeito de Cuiabá. Em sua campanha, ele fez vários ataques ao então adversário, o hoje prefeito, Mauro Mendes (PSB). Por conta das críticas, Grassi chegou a ser classificado pelo grupo do socialista como um candidato “laranja” que, no fundo, daria sustentação à campanha de Lúdio Cabral (PT). (TA)
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