Prevista para agosto, obra já consumiu R$ 15,8 milhões Projetada para revitalizar mais um trecho da Avenida Miguel Sutil, obra seria entregue em 2013
Parcialmente liberada para o trânsito na Avenida Miguel Sutil e com 24% do projeto ainda por serem executados, a Trincheira Santa Rosa é uma das obras da Copa do Mundo que extrapolaram o cronograma previsto pelo Governo do Estado. Agora, a conclusão foi agendada para 31 de agosto próximo.
Com apenas a rotatória e as marginais (sentidos Santo Rosa e Várzea Grande) liberadas para o tráfego, a obra continua sendo ponto de conflito no trânsito da região nos horários de pico, devido à não finalização da parte inferior para passagem dos veículos que querem seguir pela Perimetral.
Conforme o último relatório elaborado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre a obra, em junho passado, a trincheira já estava com 76% dos serviços prontos, e a intenção era de que a parte inferior fosse concluída e liberada até o dia 20 de junho – prazo este que foi descumprido.
Segundo a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), além do atraso provocado pelas chuvas na Capital e da necessidade de readequação do projeto, a demora na remoção de interferências de água, esgotos, luz, telefonia e internet – que impediam as escavações – por parte das concessionárias responsáveis também impactou no atraso do cronograma.
No relatório, o TCE apontou como fator também agravante para a conclusão do projeto a falta de Brita Graduada Simples (BGS) nas proximidades de Cuiabá, usada na etapa de pavimentação.
A atuação da CAB Cuiabá, na remoção de uma grande adutora de água do local – responsável pelo abastecimento de 60% da cidade –, também foi bastante criticada pelo Estado.
No entanto, a empresa finalizou o envelopamento da adutora no dia 5 de junho.
Aditivos
Iniciada em 10 de junho de 2011, essa obra tinha previsão inicial de entrega para março de 2013, quando então recebeu seu primeiro aditivo e passou a ser esperada para setembro do mesmo ano – prazo este que também não foi cumprido.
Na ocasião, estava orçada em R$ 23.374.107,80 e era executada pela empresa Ster Engenharia Ltda.
Com dificuldades para dar continuidade à obra, a Ster teve o contrato suspenso em fevereiro de 2013, tendo executado 25% da obra e recebido R$ 4 milhões pelo serviço.
Ao firmar o novo contrato com a empresa Camargo Campos S.A. Engenharia e Comércio para que a obra fosse finalizada, o valor acertado foi de R$ 22,2 milhões e o prazo de conclusão – já reajustado – era até dezembro do ano passado.
Atualmente, a obra está orçada em R$ 26,3 milhões – somando-se o que já foi pago no primeiro e o valor do novo contrato – e, segundo a última medição feita na obra, em janeiro deste ano, a Camargo Campos já recebeu R$ 15.802.651,76 pelo serviço.
A trincheira chegou a ser anunciada, novamente, para março e, mais uma vez, para maio deste ano, o que também não foi cumprido.
A obra
Com 520 metros de extensão, a obra passa hoje por serviços de terraplenagem, drenagem, pavimentação da parte inferior, entre outras atividades.
O projeto integra um pacote de R$ 165,7 milhões firmado entre o Governo do Estado e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), para execução de obras nos trechos urbanos de três rodovias federais (BRs 364/163/070), que cortam a Cuiabá e Várzea Grande, pelas avenidas Miguel Sutil, Fernando Corrêa da Costa e FEB.
O pacote engloba, além da obra no Santa Rosa, a construção das trincheiras Jurumirim/Trabalhadores e Verdão, os viadutos do Despraiado e Dom Orlando Chaves/FEB, bem como o Complexo Viário do Tijucal.
Destas, apenas os viadutos do Despraiado e da Dom Orlando Chaves, bem como a Trincheira do Verdão, já foram liberados para o trânsito, ainda que as duas últimas obras ainda precisem passar por serviços de acabamento e sinalização.
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