Justiça impede demolição de viaduto que desabou em Belo Horizonte Órgão quer que "local dos fatos permaneça inalterado" até o fim da perícia
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais impediu neste domingo (6) o início da demolição do viaduto Guararapes, que desabou na última quinta-feira (3) na avenida Pedro 1º, na Pampulha, em Belo Horizonte. Duas pessoas morreram e outras 23 ficaram feridas na tragédia.
Em nota, a Defesa Civil afirmou que a determinação é para que “o local dos fatos permaneça inalterado e a conservação do cenário se estabeleça”. O pedido foi feito pelo MPMG (Ministério Público de Minas Gerais).
Na noite desse sábado (5), a Cowan, empresa responsável pela obra, divulgou que havia sido autorizada a começar a demolição, que seria feita das 8h às 22h deste domingo. O TJ especificou que o trabalho só poderá começar quando todos os órgãos competentes garantirem a segurança da operação.
Além da Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar terão que manter equipes no local para auxiliar o trabalho da perícia da Polícia Civil.
Sem pressa
Enquanto as causas do acidente ainda não são esclarecidas - engenheiros apontam que um pilar afundou seis metros, cujas razões são investigadas -, o coronel Alexandre Lucas Alves, comandante da Defesa Civil municipal, afirmou que a demolição não pode ser "feita às pressas". Há a preocupação da liberação do trânsito até terça-feira (8), quando Brasil e Alemanha se enfrentam no Mineirão. A 5km do estádio, o ponto é uma das alternativas de passagem dos torcedores que saírem do aeroporto de Confins.
A implosão da estrutura foi descartada. Segundo garantiu o secretário municipal de Obras, José Lauro Terror, o viaduto será demolido em blocos. A ação, assim que for autorizada, deve durar 24 horas.
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