Quatro 'Josés' disputam o governo de Mato Grosso nesta eleição Pleito tem José Riva, José Pedro Taques, José Marcondes e José Cavalcante. Por coincidência, eles também concorrem ao cargo pela primeira vez.
Coincidentemente, quatro dos cinco candidatos a governador de Mato Grosso se chamam José. Dois deles atendem pelo primeiro nome e, dos outros dois, um usa o segundo nome e outro é chamado pelo apelido. Os xarás José Geraldo Riva (PSD) e José Roberto Freitas Cavalcante (PSOL) vão concorrer nas urnas com José Pedro Taques (PSD) e José Marcondes dos Santos Neto (PHS), o Muvuca.
As coincidências vão além. Todos eles são estreantes na disputa. Essa é a primeira vez que eles se candidatam para concorrer ao cargo, embora dois deles já ocupem cargos eletivos. As semelhanças, no entanto, devem parar por aí. Enquanto adversários nas urnas, eles têm alegado que possuem posturas bem diferentes.
José Riva, por exemplo, está há 20 anos ocupando cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT). Há pouco mais de um mês ele havia anunciado que iria abandonar a vida pública depois de ter sido alvo da Operação Ararath, mas depois decidiu entrar na disputa pela sucessão do atual governador Silval Barbosa (PMDB). Na mesma data em que anunciou encerrar a carreira política, ele acusou o senador de ter supostamente tramado a prisão dele durante a operação por interesses políticos nas eleições deste ano.
Já Pedro Taques exerce a função de senador desde 2010, quando se elegeu pela primeira vez a um cargo eletivo. Era procurador da República e abandonou a carreira para disputar a eleição. Agora, na metade do mandato de senador, que é de oito anos, ele lançou candidatura com o apoio de 12 partidos coligados ao PDT. No ano passado, ele entrou na disputa pela presidência do Senado contra Renan Calheiros (PMDB-AL), mas saiu derrotado.
Além do atrito com Riva, Taques também já enfrentou problemas, antes da eleição, com Muvuca. Após supostas ameaças de morte ao senador, o jornalista foi acionado por ele na Justiça por injúria, calúnia e difamação.
Diferentemente dos dois concorrentes, Muvuca não ocupa nenhum cargo público e almeja ser governador. Ele carrega o discurso da mudança e promete ser diferente dos demais candidatos que já estão na vida pública. Na campanha, adianta que discursará contra a Lei Kandir que desonera o agronegócio, 'carro-chefe' da economia mato-grossense, do pagamento de impostos.
Na eleição passada, ele se candidatou a vereador em Cuiabá, mas não conseguiu se eleger. Obteve apenas 22 votos.
Assim como o candidato do PHS, o advogado José Roberto Freitas Cavalcante ainda não exerceu nenhum mandato, apesar das tentativas enquanto vice. Nas duas últimas eleições, ele concorreu como vice-governador, em 2010, e vice-prefeito, em 2012, em chapas puras disputadas por candidatos do PHS, sem coligação com outros partidos. Na campanha eleitoral, que começa no próximo domingo (6), ele é o candidato que prevê gastar menos.
A estimativa é não fazer despesas quer ultrapassem a R$ 1 milhão, o correspondente a 30 vezes menos que outros concorrentes, como Pedro Taques, por exemplo.
Os Josés ainda têm como concorrente o ex-vereador por Cuiabá, Lúdio Cabral, do PT. O petista ocupou cadeira na Câmara de Vereadores por dois mandatos e, na eleição passada, tentou o comando do prefeitura da capital, mas perdeu no segundo turno para o atual prefeito da cidade, Mauro Mendes (PSB).
Ele é médico da rede pública de saúde e quando exerceu a função de vereador fazia oposição aos então prefeitos da cidade. Entre as suas principais propostas estão mais investimentos para as áreas da saúde e educação. A exemplo de Taques, Lúdio pretende gastar cerca de R$ 30 milhões na campanha eleitoral.
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