Enfermeiros mantêm greve em Cuiabá, apesar de decisão judicial Categoria deve entrar com recurso; Justiça considerou que o movimento é ilegal
Embora a Justiça tenha considerado ilegal o movimento, os enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem de Cuiabá decidiram decretar a paralisação das atividades desde segunda-feira (7) e mantê-la por tempo indeterminado.
A paralisação foi aprovada pela categoria na última sexta-feira (3). No fim de semana, a Prefeitura por meio da Procuradoria Geral do Município (PFG), conseguiu liminar na Justiça considerando o movimento ilegal.
Conforme a desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, a ilegalidade da greve se deu devido às negociações com o Município não terem se encerrado.
"Não é possível permanecermos com um salário de R$ 700 com uma carga horária de 40 horas e profissionais trabalhando metade disso, ganhando R$ 3 mil. Queremos isonomia"
Ainda conforme a magistrada, os enfermeiros prestam serviços de continuidade e que são considerados essenciais. A multa, por dia de paralisação, é de R$ 30 mil.
Na sexta-feira, ao confirmar a greve, os enfermeiros informaram que apenas 30% dos 1.100 profissionais trabalhariam a partir de segunda.
Ao MidiaNews, o enfermeiro Zenaldo Acodac, confirmou que o índice está sendo mantido e a o comando de greve permanecerá na frente do Pronto Socorro.
“Estamos chamando os profissionais de outras unidades. A greve continua e ela é por tempo indeterminado”, afirmou Acodac.
“Não é possível permanecermos com um salário de R$ 700, com uma carga horária de 40 horas e profissionais trabalhando metade disso ganhando R$ 3 mil. Queremos isonomia. Falar que a Prefeitura tem nos feito proposta não é verdade”, completou o enfermeiro, que é efetivo.
Outro lado
A Secretaria Municipal de Saúde informou, por meio de sua assessoria, que os serviços relacionados aos profissionais de Enfermagem estão sendo prestados sem prejuízo.
Ainda segundo a pasta, alguns profissionais não foram trabalhar, mas o fato não impediria que o trabalho esteja em sua normalidade.
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