Expulso do vestiário canarinho, Cafu mostra insatisfação com Marin e CBF
Após a vexatória goleada sofrida para a Alemanha (7 a 1), que causou a eliminação na Copa do Mundo, o lateral Cafu, capitão do pentacampeonato conquistado pela Seleção Brasileira, se dirigiu aos vestiários do Mineirão para consolar os comandados de Luiz Felipe Scolari. Tudo corria bem com o defensor, até o momento em que três homens da CBF o expulsaram do local, a pedidos do presidente José Maria Marin.
“Fui aos vestiários logo depois do jogo, como sempre fiz. Conversei com Felipão, Parreira, Murtosa...e me coloquei à disposição da comissão técnica para dar uma força aos garotos. Tinha palavras de incentivo para todos eles. Por surpresa, três ou quatro pessoas vieram e me mandaram sair dali. Perguntei o motivo e disseram que o Marin não queria estranhos nos vestiários. Eu não me considero um estranho, mas respeitei a decisão. Ali é o território dele e eu tenho que concordar”, discorreu, em entrevista à Rádio CBN.
Adiante, Cafu mostrou insatisfação com Marin e disse não estar à serviço da CBF: “Sempre estarei à disposição da Seleção Brasileira, mas não da entidade que controla o nosso futebol. Eu sou um cara consciente e sei quem manda ali. Embora o Marin não saiba nada do esporte, ele é quem toma conta e eu preciso respeitar. Quero que todos saibam da minha intenção: fui apenas dar uma força para o grupo.”
Quando questionado sobre os profissionais que controlam o futebol, o capitão recordou alguns companheiros de 2002 e apontou para a queda do nível técnico brasileiro: “Temos na comissão técnica nomes como Roque Júnior e Gallo. São pessoas conscientes e que precisam de mais autoridade. O Brasil está em decréscimo técnico e perdendo espaço para países que não apresentavam um campeonato tão bom quanto o nosso. Porém, nem tudo está perdido. Precisamos refletir nos acontecimentos de maneira positiva para conquistar o hexacampeonato na Rússia.”
Por fim, o lateral elogiou a Alemanha e a classificou como favorita ao título: “Não era o resultado que o brasileiro esperava, mas também não apresentamos poder de reação. Os germânicos encantaram o mineirão e nos mostraram uma lição de tática e técnica. É uma equipe candidata ao título. Neste contexto, não vale a pena massacrar os meninos. Temos mais um compromisso pela frente e muita coisa boa para aproveitar.”
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