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Economia
Quinta - 10 de Julho de 2014 às 09:08

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A IBM anunciou nesta quinta-feira um investimento de US$ 3 bilhões (cerca de R$ 6,64 bilhões) para os próximos cinco anos em pesquisa e desenvolvimento da próxima geração de processadores de computador. O objetivo é aumentar o limite da atual tecnologia, baseada no silício, atendendo à crescente demanda de computação nas nuvens e Big Data.

O programa de pesquisas será dividido em duas partes. Uma focará a característica física dos novos chips, ao reduzir os circuitos de 22 nanômetros (subunidade do metro, um bilionésimo de metro) para sete nanômetros.

A outra etapa desenvolverá novas tecnologias para a “era pós-silício”. O foco são novos usos, necessários, segundo os especialistas da IBM, pelo atual limite físico dos semicondutores baseados em silício. A mudança envolve novos desafios em física quântica, nanotubos de carbono e processadores inspirados no cérebro, chamados de chips neuromórficos.

Segundo John Kelly, vice-presidente sênior da IBM, a nova linha de pesquisa da empresa deverá aumentar o número de cientistas envolvidos em projetos na área e investimentos em parcerias entre indústria e universidade. “Esses novos investimentos vão garantir que nós (IBM) produziremos as inovações necessárias para alcançar esses desafios”, disse Kelly, em comunicado.

No entanto, a estratégia da IBM fica apenas na pesquisa e desenvolvimento. A companhia não pretende produzir a próxima de chips. Ela deixará a tarefa para terceiros. Tanto que é esperado que a divisão de chips da empresa seja vendida para a fabricante americana Globalfoundries.

A nova investida da IBM surge uma semana antes do lançamento dos dados financeiros da companhia americana. No primeiro trimestre deste ano, as vendas de hardware da empresa tiveram uma queda de 23%, na comparação anual.

O valor apontado pela IBM nesta quinta-feira corresponde à metade do valor estipulado para o gasto da empresa com pesquisa e desenvolvimento em 2014.

Em 2013, em uma carta para os acionistas, a presidente-executiva da empresa, Virginia Rometty sinalizou uma possível saída do mercado de processadores. Ela avisou que isso não siginifcaria a saída do mercado de hardware, já que a IBM se manteria no mercado de servidores de larga escala e mainframes e foco em computação nas nuvens, além de análise de dados e pesquisa e desenvolvimento.

Nós últimos anos, a IBM vendeu seus negócios de computadores pessoais, servidores para área empresarial, impressoras e discos de leitura. No entanto, a companhia tem visto que desenvolvimento de chips e licenciamento de tecnologia pode ser lucrativo, sem construi-los, como faz a Qualcomm com os processadores para celulares.





Fonte: Terra

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