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Quinta - 10 de Julho de 2014 às 10:31

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Após dois anos e três meses de interdição, parte da avenida Miguel Sutil que corresponde ao trecho onde está sendo construída a Trincheira Jurumirim teve suas marginas liberadas na última segunda-feira (8) pela Secopa.

A liberação não foi só um alívio para os motoristas. Os comerciantes da região viviam esperando chuva no período da seca. Durante todo o período de obras, alguns se assustaram aos verem colegas fechando as portas, mas muitos resistiram e ficaram buscando formas de compensarem o prejuízo.

A borracharia do Clailton de Oliveira sobreviveu ao período, mas foi por pouco. Em conversa com o Diário, ele relatou que o movimento diminuiu 50% no período de interdição. “Não havia muito o que fazer, fui empurrando com a barriga. Nesse período não fiz nenhuma dívida, mas atrasei as que tinha. Vendi uma moto por R$ 8 mil para quitar algumas e segurar a barra”, disse.

Segundo ele, os operários afirmaram que o trecho acima da sua loja deve ser liberado até o final do mês. “Vi muitos amigos aqui da região fechando suas lojas e quase vivi o mesmo. Espero que a partir de agora comece a melhorar”, finalizou.

A loja de autopeças de Militão Suliano de Melo, localizada no meio do trecho interditado, não fechou as portas por pouco. A Suli Autopeças, existente desde 1976 na avenida, viveu dias negros, sem nenhum dinheiro em caixa.

“Para não fechar a loja, eu vinha trabalhar todos os dias. Perdi muitos clientes e acredito que o governo deveria se responsabilizar pelas perdas que tivemos nesse período”, disse.

Segundo o empresário, ao mesmo tempo em que não conseguia se estabilizar financeiramente, as contas não paravam de chegar “Não tinha clientes, o caixa zerado, mas enquanto isso chegavam as contas de luz, água e telefone. Não dava para fechar de vez. Ficava aqui trabalhando, olhando para a lua”.

Agora, os comerciantes esperam uma “benção de Deus” para que as melhorias não demorem a acontecer. “Espero que não demore muito para voltar a dar lucro. Nesse tempo tirei dinheiro de uma conta e fiz empréstimos para pagar as dívidas. Já que o Estado não se posiciona, temos que dar um jeito”, finalizou o comerciante.

NO TRÂNSITO - A liberação aconteceu entre as duas principais rotatórias da avenida, que corresponde às avenidas Gonçalo Antunes de Barros e João Gomes Sobrinho. Ao todo, quase 1 quilômetro de comprimento foi liberado, e já fez diferença para o trafego. O motoboy Jeisivan Alves, 22 anos, afirmou que a liberação o fez ganhar tempo no trabalho.

“Antes eu perdia tempo parando em todas as esquinas dentro dos bairros aqui em volta. Tinha que redobrar a atenção. Agora ganho um tempo a mais seguindo reto na avenida. Espero que o trecho todo seja liberado logo”, disse.





Fonte: Do DC

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