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Economia
Terça - 01 de Julho de 2014 às 05:27

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O investidor Roberto Martins, de São Paulo, que está a frente do grupo empresarial que pretende construir um shopping na maior cidade do Nortão, disse há pouco, em entrevista exclusiva ao Só Notícias, que pretende ter uma conversa decisiva com o prefeito Juarez Costa sobre a liberação da área que havia sido aprovada, pelos demais investidores, visando construir o empreendimento, cujo investimento é de R$ 120 milhões. O terreno fica próximo a UFMT, a cerca de 900 metros da BR-163. A prefeitura não liberou certidão negativa da área porque discute, na justiça, com a Colonizadora Sinop, o pagamento do IPTU. A prefeitura cobra e a empresa alega que a cobrança não tem fundamento legal e, na questão do shopping, "ofereceu oficialmente, além das garantias prestadas nos processos, que cobrem a dívida de 2004 a 2010, garantias outras ao município que superariam o valor da dívida restante".

O invesditor afirmou que vai "esperar mais algum tempo até porque estou sentido muito apoio dos empresários locais. Houve, inicialmente, apoio da prefeitura mas esse problema processual com a colonizadora gerou uma confusão. O problema é que não tem definição para liberar a área. Tá parado. Hoje fica claro que, de acordo com última sentença, a prefeitura não pode me dar certidão negativa de débito da área, mas isso não quer dizer que ela não pode achar uma saída e resolver a situação. Até, porque, a prefeitura liberou a construção de um imóvel em uma área bem próxima onde queremos fazer o shopping e que estaria na mesma situação jurídica", comparou o investidor. "É possível a prefeitura liberar a certidão da área durante o andamento do processo. Creio que o prefeito está precisando de apoio para achar o caminho para resolver isso, mas não consigo acreditar que ele (Juarez) seja contra o shopping nesta área. Ele tem embasamento legal em alguns aspectos, mas tem força e poder para resolver este imbróglio sobre a área", afirmou. "A decisão jurídica sobre cobrança de IPTU deve demorar 3 anos. Não podemos esperar tudo isso e esperamos que o impasse seja resolvido logo", afirmou.

Roberto Martins também disse que "não existe motivo para o o prefeito evitar que o terreno seja liberado porque foram dadas garantias pela colonizadora. Sem contar que é um investimento que a cidade nunca recebeu. Serão mais de R$ 120 milhões. Só uma loja de uma grande rede, por exemplo, terá mais de R$ 6 milhões", acrescentou.

Roberto lamentou ainda a falta de concessão de incentivos por parte da prefeitura. "É a primeira vez que eu vejo problema deste tipo, dificultando o investimento. Tive que mudar a data de inauguração para final de 2016 e se não houver uma definição dentro de 3 meses eu não começar, a obra deve ficar para 2017. São 300 pessoas para trabalhar, envolve logística muito grande. Não é um projeto pequeno. Acabei de aditivar vários contratos de 2015 para outubro de 2016. Se demorar demais, vou ter que fazer outro aditivo jurídico", disse, referindo-se as empresas que vão ter lojas no shopping. "Em outras cidades, onde fizemos shopping, recebemos incentivos como isenção parcial ou total de IPTU, do ISS sobre valor da construção", comparou. Se for liberada, a área será negociada pela colonizadora para a empresa fazer o shopping.

O investidor disse que causou "estranheza" o posicionamento da prefeitura "em oferecer outra área próxima ao aeroporto. "Levei diretores das empresas âncoras aí (em Sinop), coisa que ninguém havia feito anteriormente. Eles viram e aprovaram a área perto da UFMT. Já superamos várias fases do projeto como concessão de licenças ambientais, projetos para ser feito neste local. A área próxima ao aeroporto municpal não serve para mim nem para as empresas que farão parte do projeto", reafirmou.

"Sinop tem 110 mil habitantes, número que não viabiliza shopping com tamanho de 22,7 mil metros quadrados. Estou fazendo projeto para shopping regional, para atrair visitantes das cidades da região. Então, por isso a área próxima a BR-163 é a ideal sob vários aspectos", definiu.

Roberto Martins deve receber alguns pareceres jurídicos, nos próximos dias, para pedir audiência com o prefeito sinopense.





Fonte: Só Notícias/Editoria

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