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Copa 2014
Sábado - 12 de Julho de 2014 às 16:15

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Pode ser a despedida ou apenas o fim de um ciclo de trabalho. O técnico Luiz Felipe Scolari dirige neste sábado a Seleção Brasileira na decisão do terceiro lugar da Copa do Mundo, em Brasília, com o futuro indefinido e ciente que passará por um teste de popularidade contra a Holanda, a partir das 17h (de Brasília), no Estádio Mané Garrincha.

Será seu primeiro encontro com um grande público desde o estonteante 7 a 1 sofrido nas semifinais contra a Alemanha. Atônito, torcedores no Estádio Mineirão chegaram a gritar contra o técnico em alguns momentos, mas não houve coros pedindo sua saída. Quatro dias após o desastre e muitas críticas enfrentadas, o comportamento do público é incerto.

Felipão diz não estar preocupado. Segundo ele, o apoio que percebeu nas ruas onde passou indica que a sua popularidade não é tão crítica como muitos pensam. “Não tenho que falar se tem clima ou não (para eu continuar). Mas se eu falar que passamos na rua e recebemos um apoio muito maior do que vocês imaginam, podem acreditar”, disse.

Compromissado com a CBF até o final da Copa, Felipão sentará para conversar com a cúpula da entidade apenas na próxima semana e se mostra disposto a ouvir propostas para uma nova etapa. Entre os fatores que serão levados em conta pela entidade para a definição do futuro à frente da Seleção está justamente a aceitação popular do treinador.

Presidente eleito que substituirá José Maria Marin a partir de 2015, Marco Polo Del Nero disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que houve erro tático do treinador, mas o trabalho no geral é bom e a intenção é mantê-lo no cargo. Marin diz que só conversará sobre o tema ao fim da Copa, mesmo discurso adotado por Felipão.

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Somente a vontade da CBF não será suficiente. Felipão apenas analisará uma proposta de continuidade dentro de um planejamento mais longo. Ainda assim a conduta da cúpula é imprevisível. A demissão de Mano Menezes, em 2012, ocorreu em um momento inesperado, quando a decepção pela prata olímpica parecia cicatrizada.

O Brasil não mantém um técnico por mais de um ano depois de um fracasso em Copa desde 1978, com Claudio Coutinho. A repetição em dois Mundiais seguidos ocorreu pela última vez com Telê Santana em 1980. A manutenção de Felipão iria contra este histórico e um mais recente, de sempre contratar um técnico para suprir as deficiências avaliadas na Copa anterior. Tite, conhecido por seu trabalho tático no Corinthians, aparece como favorito nesta análise.

Diante da escassez de nomes, outra possibilidade é a efetivação de Alexandre Gallo, atual observador e responsável pelas categorias inferiores, já pensando na Olimpíada de 2016. Neste quadro Felipão até poderia ser mantido como um coordenador.





Fonte: Terra

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