Com seca, Mato Grosso proíbe queimadas a partir desta terça-feira Período que dura até setembro tem baixa umidade relativa do ar e temperaturas elevadas
A partir desta terça-feira (15) está proibido em Mato Grosso o uso de fogo para limpeza ou manejo de áreas. A proibição foi assinada pelo governador Silval Barbosa (PMDB) e consta no Diário Oficial com circulação nesta segunda-feira (14).
O decreto número 2.441 é válido até 15 de setembro de 2014. Conforme o chefe do Poder Executivo, a proibição é necessária devido às incidências de focos de calor no Estado e a tendência delas se agravarem entre agosto e setembro.
"Levando-se em conta de janeiro até junho deste ano, nós estamos 35% com mais focos de calor do que no mesmo período de 2013. Todo cuidado é pouco e, mais uma vez, a partir de agora, qualquer queima é vista como irregular"
O período proibitivo também é reforçado pelos baixos níveis de chuva em toda a região Centro-Oeste, umidade relativa do ar abaixo do ideal, com predomínio de ar seco, e temperaturas elevadas.
Unidos, todos esses fatores, segundo o decreto, aumentam o risco de fogo em áreas urbanas e de vegetação, como, por exemplo, a Rodovia MT-251, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães e é comumente alvo de queimadas – naturais ou provocadas.
Multas
Ao MidiaNews, o major Ramon Correa Barbosa, do Comitê de Gestão do Fogo, alertou que a partir de amanhã, qualquer foco de calor é considerado queima irregular, com possibilidade de multa.
“Em áreas abertas são R$ 1 mil reais por hectare e, em unidades de preservação ou conservação, são R$ 5 mil por hectare”, informou.
Passada a fase de prevenção e preparação, o major também explicou que neste momento o poder público está na fase “resposta rápida”.
“O que nós temos como resposta-rápida é que todas as prefeituras dos municípios de Mato Grosso têm conhecimento que tem que preparar seus brigadistas. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil já estão preparados. Hoje, por exemplo, o Estado conta com duas aeronaves”.
Ainda que não possa prever se as queimadas serão muitas, o major afirmou que é preciso cuidado.
“Levando-se em conta de janeiro até junho deste ano, nós estamos 35% com mais focos de calor do que no mesmo período de 2013. Todo cuidado é pouco e, mais uma vez, a partir de agora, qualquer queima é vista como irregular”.
Ainda, de acordo com Barbosa, mesmo com o decreto válido até setembro, há possibilidade do Estado ampliar o período proibitivo.
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