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Quarta - 16 de Julho de 2014 às 13:08

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MidiaNews
"Amarelinhos" querem trabalhar armados nas ruas de Cuiabá

Os agentes de Trânsito e Transporte de Cuiabá, conhecidos como “amarelinhos”, vão defender, junto à Prefeitura Municipal, a aprovação de lei que permita à categoria atuar armada na Capital, a fim de diminuir os conflitos já registrados entre agentes e motoristas.

Ao MidiaNews, o representante da categoria e supervisor de Trânsito, Jeancarlo Costa Campos, afirmou que, com a promulgação da PEC 77-A, no Senado Federal, nesta quarta-feira (16), a profissão dos agentes de trânsito passa a incluir o artigo 144 da Constituição Federal.

O artigo trata da Segurança Pública e dá direito aos agentes de utilizarem armas de fogo durante o trabalho.

“Particularmente, sou conta a utilização de armas letais, como arma de fogo. Mas acredito que a utilização de armas não letais, como spray de pimenta, arma de choque e cassetete, seria suficiente para imobilizar o munícipe que estiver desarmado e fazê-lo aguardar a chegada da Polícia Militar”, afirmou.

"Particularmente, sou conta a utilização de armas letais, como arma de fogo. Mas acredito que a utilização de armas não letais, como spray de pimenta, arma de choque e cassetete, seria suficiente para imobilizar o munícipe que estiver desarmado e fazê-lo aguardar a chegada da Polícia Militar" Cuiabá conta com 172 agentes de trânsito, dos quais 102 atuam diretamente nas ruas, divididos em cinco turnos, das 6h à meia-noite.

Os agentes devem se reunir, na próxima semana, para votar qual a preferência da categoria (arma letal ou não letal) e pedir pela readequação da carreira junto ao Município.

“Precisamos da readequação da carreira para a utilização da arma, seja letal ou não letal, porque, de qualquer forma, é necessária a realização de cursos de qualificação e preparação psicológica, cursos de tiro. E, para isso, a secretaria [Municipal de Trânsito e Transporte Urbano] precisa investir”, disse Campos.

O supervisor de Trânsito não acredita, porém, que o fato de andarem armados possa ampliar os conflitos na Capital, resultando, inclusive, em mortes, que até hoje não foram registradas entre agentes e munícipes.

“Temos mais de 100 mil agentes de trânsito no Brasil. No Espírito Santo, por exemplo, eles andam com armas letais porque morriam muitos agentes. Hoje, ainda morre um agente a cada três meses, vítima principalmente de arma branca, como faca. É a forma encontrada para se ter respeito”, afirmou.

Agressões

O pedido pela regulamentação da carreira dos agentes ganhou mais força após a briga registrada no Centro da Capital, na última quinta-feira (10), quando o agente Luiz Cláudio Nunes e o motorista Ezequiel Cândido trocaram socos e tapas, durante uma notificação de multa por estacionamento irregular.

“Esse não é o primeiro caso, nem o mais grave. Ao todo, temos 102 agressões contra agentes de trânsito já registradas na Delegacia de Trânsito de Cuiabá, sendo a maioria de agressão verbal, que resulta em desacato. Mas, também há muitos casos de agressões físicas, principalmente contra as mulheres que ocupam esse cargo. Muitas já levaram tapas na cara de motoristas irritados”, afirmou Jeancarlo Campos.

Segundo o agente, a maioria dos conflitos entre “amarelinhos” e motoristas acontece em áreas de estacionamento irregular.

“Nenhum munícipe gosta de receber a notificação de multa, mas alguns reagem com violência. Teve um caso, em 2012, que um agente recebeu uma marretada na cabeça e escapou por pouco da morte”, afirmou.





Fonte: Mídia News

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