Novo pedido de vistas adia desfecho em processo que pode cassar Júlio
O processo contra o deputado federal Júlio Campos (DEM) por compra de votos, que tramita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), agora está nas mãos do juiz-membro Agamenon de Alcântara, que pediu vistas para analisar o processo antes de emitir seu voto. Até o momento, dois juízes votaram pela cassação e um contra. Caso o democrata seja cassado quem assume a vaga é a suplente Thelma de Oliveira (PSDB).
Os magistrados José Luis Blaszak e Pedro Francisco foram favoráveis, sendo que o primeiro é o relator do caso. Contudo, Samuel Dalia Franca Júnior, que também havia pedido vistas, votou ontem (15) pela anulação do processo, tendo em vista que as provas colhidas pela Polícia Federal, segundo ele, são inconsistentes. O mandato de Blaszak, por sua vez, se encerrou e o processo de escolha do novo juiz se dará por meio de uma lista tríplice. A saída dele, entretanto, não interfere no prosseguimento do julgamento.
Diante desse impasse, Agamenon vai estudar o processo para, depois, proferir seu voto. Além do magistrado, ainda faltam os votos do juiz Lídio Modesto e da vice-presidente do TRE Maria Helena Póvoas. Caso a votação fique empatada, o presidente da Corte Juvenal Pereira proferá o voto de minerva.
No relatório ainda é citado o filho do deputado, Júlio Neto - hoje candidato a deputado estadual. Ele ajudaria o pai a cometer os atos ilegais. Conforme o processo, os vales combustíveis deveriam ser retirados no supermercado Dom Bosco, no bairro São Mateus, em Várzea Grande, e na panificadora Cia do Pão, em Cuiabá, além do empreendimento Santa Laura. Em 2010, foram destacados 3 agentes da PF para averiguar denúncia anônima da compra de votos.
Na véspera das eleições gerais. Um agente da PF agendou atendimento e compareceu ao comitê na data marcada. Lá havia lista por ordem de chegada, que chegou a ter 25 nomes em um único dia. As pessoas presentes confirmaram ao policial que recebiam a ajuda. Júlio Campos, contudo, não apareceu devido a viagem agendada de última hora, e estaria ausente por toda semana. A PF foi avisada do contratempo, mas, mesmo assim, deram início ao mandato de busca e apreensão em vários estabelecimentos.
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