Preço dos fertilizantes eleva custo total da cafeicultura no segundo trimestre
O Custo Operacional Total (COT) na produção de café arábica apresentou aumento médio de 0,70% no segundo trimestre deste ano, informou o boletim Ativos do Café, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), publicado na segunda, dia 14. A CNA identificou que os gastos com fertilizantes, entre abril e junho deste ano, foram responsáveis por 22,48% do total do COT. Porém, em duas áreas tradicionais, Abatiá (PR) e Guaxupé (MG), os custos com a utilização de fertilizantes apresentaram queda em razão da mecanização da lavoura.
Nas demais regiões produtoras do café arábica – Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Bahia – ocorreu um aumento médio de 3,74% nos custos de produção, onerando o produtor e reduzindo sua margem de lucro. Os defensivos agrícolas também influenciaram na composição final do COT e representaram, em média, 10,09% dos gastos totais do cafeicultor. Os municípios de Manhumirim e Monte Carmelo, em Minas Gerais, apresentaram resultado diferente, com redução de 0,37% e 2,34%, respectivamente, nos custos de produção dos defensivos também em razão da lavoura ser mecanizada.
Diante desse quadro, segundo o estudo da CNA, a situação financeira do produtor de café arábica foi desfavorável. Entre abril e junho deste ano, por exemplo, a partir da intensificação da colheita da safra 2013/2014, os preços médios de venda apresentaram queda de 9,80%. A margem líquida da cafeicultura foi negativa em todos os municípios onde a produção do café arábica é feita manualmente, no segundo trimestre deste ano.
A CNA destaca, no entanto, que somente será possível uma posição definitiva sobre a questão dos custos do café arábica para o produtor quando toda a colheita da safra 2013/2014 for concluída. O fato é que os preços seguiram a lei da oferta e demanda, depreciando os ganhos do cafeicultor, conclui o estudo.
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