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Sexta - 18 de Julho de 2014 às 09:33

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Médico Alonso Alves Filho encaminha representação ao CNJ contra juiz José Martins Siqueira
Médico Alonso Alves Filho encaminha representação ao CNJ contra juiz José Martins Siqueira

O médico Alonso Alves Filho encaminhou representação ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o juiz José Martins Siqueira por, supostamente, favorecer decisão judicial para o conselheiro Antônio Joaquim, do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O juiz, segundo Filho, ficou conhecido por presidir uma audiência com a "presença" de um homem já falecido compareceram. Siqueira liberou um alvará judicial no valor de R$ 8 milhões e uma pessoa, que se fez passar pelo morto, teria “concordado” com o pagamento da dívida.

"Irritado com a negativa da venda o conselheiro do TCE, Antônio Joaquim, chamou me no telefone de tonto, falou que lhe tomaria a fazenda com uma ação judicial. Esse fato de denegrir minha imagem foi veiculada até na televisão. Não deu outra!” Mal passado 15 dias já me vem liminar deferida contra mim"

Segundo o médico, agora o magistrado estaria lhe prejudicado em um processo de posse de terras que Antônio Joaquim move contra ele.

O caso já foi divulgado pelo MidiaNews no início de 2013. À época, Filho garantiu que o seu pai, Alonso Alves, 82 anos, estaria sendo intimidado pelo conselheiro, que desejava comprar as terras de posse do idoso.

A área em questão chama-se Fazenda Bocaina, com 1700 hectares de área, no município de Nossa Senhora do Livramento.

Na representação, o médico relata os fatos ocorridos desde então e afirma que Antônio Joaquim o ameaçou, falando que “tomaria as terras” por meio de ação judicial, julgada pelo magistrado em questão.

“Irritado com a negativa da venda o conselheiro do TCE, Antônio Joaquim, chamou me no telefone de tonto, falou que lhe tomaria a fazenda com uma ação judicial. Esse fato de denegrir minha imagem foi veiculada até na televisão. Não deu outra!” Mal passado 15 dias já me vem liminar deferida contra mim no processo judicial”, diz trecho da representação.

Para o médico, ficou evidente que o conselheiro já sabia o teor da decisão.

“Esse fato leva até os mais tolos dos seres humanos a concluir que Antônio Joaquim antes de abrir a ação já sabia que ia ganhar, me avisando por telefone. A que ponto mesmo vamos chegar?”, questiona Filho.

Além disso, acrescentou o médico, há mais de 30 irregularidades “graves” no processo.

“Peço deste CNJ providências, uma vez que o magistrado reclamado já está com os dias contados e pode estar desviando sua conduta, já que seu caminho pela expulsão pode ser sem volta”.

“Esdrúxula”

O conselheiro Antônio Joaquim, que rebateu acusações de médico O médico Alonso Alves Filho também tachou a liminar em favor de Antônio Joaquim de “esdrúxula”, afirmando que ela contraria a lei. Em seu argumento, o profissional listou 36 pontos em que o magistrado teria errado.

Entre eles está, por exemplo, o suposto fato do juiz ter alterado a liminar originária.

“O magistrado alterou a liminar originária, deferindo a instalação de canos d’águas desnecessários e, na carona da liminar, fez vistas grossas, permitindo-se o autor invadir 1,6 hectares da gleba”.

Pelo relato, o médico pede providências contra as atitudes “absurdas” do magistrado, “que faz até audiência com morto a favor dessa fraude processual armada e vou perder a propriedade como vem ocorrendo mesmo sem estar a venda”.

Outro lado

O conselheiro Antônio Joaquim, por meio de sua assessoria de imprensa, condenou a divulgação das denúncias feitas pelo médico Alonso Alves Filho e informou que os fatos já foram apurados pelo Poder Judiciário.

O médico ainda foi classificado de “mentiroso”.

De acordo com Joaquim, a disputa se deve ao fato de que Alonso Alves impediu a passagem do conselheiro para suas propriedades. A propriedade do médico é localizada entre as duas do conselheiro.

Antônio Joaquim ainda afirmou que venceu a disputa judicial autorizando sua passagem pelo “corredor” entre as propriedades, que ocorria há mais de 40 anos, mas que mesmo assim o médico continua a persegui-lo pela imprensa.

Veja a íntegra da nota de Antônio Joaquim:

"Mais um ataque de um mentiroso já condenado pela Justiça por mentir

"Mais uma vez sou vítima de uma pessoa vezeira de apresentar para a Imprensa notícias mentirosas e falsas contra a minha pessoa"

Mais uma vez sou vítima de uma pessoa vezeira de apresentar para a Imprensa notícias mentirosas e falsas contra a minha pessoa. E, o que me estarrece e deixa assombrado, é ver que essas notícias são divulgadas sem um mínimo de consideração a fatos também já divulgados pela própria imprensa, como decisões judiciais em que o meu detrator foi condenado por mentir a respeito do assunto agora novamente divulgado. Volta e meia essa pessoa, chamada Alonso Alves Filho, cria uma nova versão fantasiosa sobre o mesmo tema, providencia uma assessoria e consegue emplacar como notícia a calúnia. Portanto, enfrento mais um ataque de um mentiroso já condenado pela Justiça por mentir.

Por isso, sou forçado a questionar: Qual o sentido dessa guarida que o Sr. Alonso Alves Filho recebe de alguns veículos de Imprensa? De que vale responder, mostrar decisões judiciais e documentos, se mais adiante requenta-se a calúnia e publica-se impiedosamente, sem respeito algum à imagem alheia? Como sou um homem público, é inquestionável que o prejuízo se amplifica.

Mas vamos lá: Venho sendo perseguido e até ameaçado de morte pelo Sr. Alonso Alves Filho, com o qual venho mantendo disputas judiciais ainda não encerradas e contra qual já registrei queixa-crime na Delegacia de Várzea Grande com reclamação por danos e ameaças. Somos vizinhos de propriedade rural. Meu imóvel está dividido em duas áreas e, entre estas, localiza-se a propriedade do Sr. Alonso. A briga judicial foi iniciada depois que esse referido senhor impediu a utilização de um corredor de passagem que existe há mais de 40 anos. Em decisão judicial, ele foi proibido de impedir o uso e o trânsito por essa estrada;

No ano passado fui obrigado a convocar uma ENTREVISTA COLETIVA para responder às acusações divulgadas em sites, jornais e TVs que noticiaram o assunto, infelizmente sem antes ouvir a minha versão. Distribui na ocasião FARTA DOCUMENTAÇÃO JUDICIAL demonstrando a veracidade das minhas alegações e, inclusive, cópias de decisões judiciais em que o Sr. Alonso foi multado por mentir em juízo. De lá pra cá o meu detrator continuou com sua perseguição, despejando ira contra a minha pessoa, a Justiça e a Polícia.

Por fim reafirmo: essa situação, de ter que responder pela Imprensa a assunto que a Justiça já decidiu a meu favor ou que está em julgamento me constrange e prejudica a minha imagem pública, pois ao atender os pedidos de entrevista fico, LAMENTAVELMENTE, legitimando meu detrator em seus absurdos."

ANTONIO JOAQUIM

Conselheiro TCE-MT

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Confira a íntegra da representação abaixo (em PDF).





Fonte: Mídia News

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