Descoberto um desmanche de motos

Uma oficina de desmanche de motos que funcionava numa residência no bairro 24 de Dezembro, em Várzea Grande, foi estourada por policiais civis onde foram apreendidos sete motores de motos roubadas recentemente na cidade. No local, os policiais prenderam três suspeitos de participar do esquema criminoso. Foram presos Nelson Fernandes Júnior, de 31 anos, Luiz Carlos Mariano, de 24 e Aparecido Moura Júnior, de 22, acusados do crime de receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. A prisão ocorreu anteontem à tarde. 

Segundo o delegado Antônio Carlos Garcia, titular da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (Derrfva), o que chamou a atenção é que o restante das motocicletas não foi encontrado reforçando as suspeitas de que os criminosos desmanchavam as motos e vendiam as partes antes dos motores.

Os policiais apreenderam também na oficina clandestina, peças e assessórios de outros veículos levantando a suspeita de que mais motocicletas foram desmontadas na oficina. As peças estavam espalhadas nos fundos.

“Num trabalho de investigação, chegamos até a oficina e prendemos os suspeitos”, destacou. Na checagem, os policiais descobriram que as motos foram roubadas em bairros e locais diferentes da Grande Cuiabá.

Na Delegacia, um deles admitiu que sabia que eram motocicletas roubadas e alegou que havia comprado de desconhecidos, mas não informou os valores. Os policiais acreditam que seja no máximo R$ 500 por cada veículo.

“Ainda tem um adolescente envolvido que não foi localizado. Pela quantidade de acessórios e peças no local, acreditamos que o número de motos desmanchadas na oficina é bem maior”, disse um dos policiais que participou da prisão. Os policiais acreditam que o adolescente seria o responsável pelos roubos e entrega das motos na oficina.

Os policiais lembraram que grande parte das motos roubadas em Várzea Grande são desmanchadas e vendidas em pedaços e outras seguem para municípios do interior onde a fiscalização é menor. Na Capital, os criminosos utilizam, com frequência, o esquema de duble de placas que acaba driblando a Polícia numa fiscalização mais superficial. (AR)