Leonardo pode desistir da AL para tentar presidência

Líder do governo na Câmara de Cuiabá, o vereador Leonardo de Oliveira (PTB) deve decidir hoje se desistirá ou não de concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa no pleito de outubro.

A alegação oficial é que o petebista não estaria enxergando viabilidade para seu sucesso nas urnas. Nos bastidores, no entanto, também há informações de que ele estaria se articulando para pleitear o comando da Mesa Diretora no próximo mês.

Leonardo nega a intenção de substituir Júlio Pinheiro (PTB) no comando do Legislativo. Segundo ele, a coligação na qual o PTB foi inserido, no momento em que os partidos do bloco de oposição foram divididos, é que não lhe favorece.

Isto porque os petebistas formaram uma chapa apenas com o PPS e que dificilmente conseguirá eleger um representante ao Parlamento estadual.

Enquanto isso, o bloco lançou outras duas coligações para a disputa a deputado estadual. Em uma, estão o PP e o PSB. Na outra, o PDT, o DEM e o PSDB. Além disso, legendas menores que também aderiram ao grupo lançaram uma “frentinha”.

Diante disso, o vereador teria preferido não se arriscar, tendo em vista ainda que também não conta com uma forte estrutura para sua campanha.

O partido, no entanto, está motivado a fazê-lo mudar de ideia. Caso a legenda não consiga isso, a tendência é que o PTB fique sem deputados no Legislativo Estadual a partir do ano que vem. Atualmente, a sigla é representada por Luiz Marinho (PTB).

Leonardo de Oliveira é o segundo candidato a desistir de concorrer às vagas da Assembleia Legislativa pelo grupo de oposição. O primeiro foi o deputado estadual Antônio Azambuja (PP), que disputaria a reeleição.

Já entre os vereadores que entrariam no pleito deste ano, o petebista é o quinto a mudar de ideia. Apesar de terem se registrado junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Clovito Hugueney (SDD), Haroldo Kuzai (SDD), Juca do Guaraná (PTdoB), Oseas Machado (PSC) e Renivaldo Nascimento (PDT) também não entrarão na disputa.

Dentre estes, apenas Juca do Guaraná visava concorrer a um cargo majoritário, o de senador. Os mais vislumbravam uma das 24 vagas da Assembleia Legislativa.

Entre os que mantiveram suas candidaturas estão Adevair Cabral (PDT), Adilson Levante (PSB), Allan Kardec (PT), Marcrean dos Santos (PRTB) e Ricardo Saad (PSDB), sendo que o último disputa o cargo de deputado federal. (KA)