Preço do bezerro passa de R$ 1 mil em Mato GrossO Relação de troca boi/bezerro é de 1,87 no estado. Tecnologia teria influenciado aumento, dizem produtores.
A média estadual do preço do bezerro chegou a R$ 1.009,52 por cabeça em Mato Grosso na última semana, um aumento de 2,05% em relação à semana anterior. Quando comparada à cotação do mesmo período do ano anterior, a alta passa de 30%. A informação é do boletim lançado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Ainda de acordo com o informativo, foram registrados preços de até R$ 1,2 mil para o bezerro nelore de 12 meses (7@) na região nordeste do estado. O valor máximo pago ao bezerro de 8 meses (5,5@) foi de R$ 1 mil nas regiões nordeste, oeste, centro-sul e sudeste.
No último mês, o criador Guilherme Nolasco vendeu 200 bezerros a R$ 1,4 mil cada. O produtor possui 1,5 mil cabeças de gado em Chapada dos Guimarães e está contente com o aumento. “Isso dá condições para o pecuarista e fortalece toda a cadeia produtiva. Agora precisamos que o boi gordo também acompanhe essa alta”.
Pecuarista no município de Juína, a 737 quilômetros de Cuiabá, Jorge Basílio possui mais de 3 mil cabeças de gado. Ele faz o ciclo completo (cria, recria e engorda bovinos) e, nos últimos tempos, tem sofrido com problemas no pasto, por isto a valorização do bezerro foi positiva para a recuperação do dinheiro gasto no campo. “Por enquanto, estamos num momento bom, a relação de troca está alta. Finalmente o preço reagiu”, diz.
A relação de troca do boi gordo pelo bezerro está em 1,87 no estado – a cada boi vendido, é possível comprar 1,87 bezerros - , 2,15% a menos que na semana anterior e 4% inferior ao mesmo período de 2013. Vale lembrar que a média para o estado é de 2,1, segundo o Imea.
Ainda assim, o produtor Jorge Pires, que possui três áreas de criação na Baixada Cuiabana, em Brasnorte e Juruena, vê a situação com otimismo. De acordo com ele, um dos fatores que elevaram o preço foi o investimento dos produtores em tecnologia. "Com essa alta no preço, todo dinheiro investido com o melhoramento do gado e do pasto está retornando para o pecuarista", afirma.
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