Juizado encaminha 660 dependentes químicos para tratamento em Cuiabá
As 12 audiências coletivas realizadas pelo Juizado Especial Criminal (Jecrim) de Cuiabá, cumpridas de outubro de 2013 até meados de julho de 2014, atenderam cerca de 660 dependentes químicos, encaminhando-os para tratamento. O Jecrim cuidou de, em média, 55 usuários por audiência. A iniciativa corresponde ao pedido de medidas sócio-educativas feitas pela sociedade civil. Ao invés de punir, o atendimento aos dependentes busca restabelecer a dignidade humana.
A magistrada responsável pelo Juizado, Ana Cristina Silva Mendes, conta que o projeto teve um início tímido, mas que hoje o espaço é pequeno para atender a demanda. “Tem sido um trabalho gratificante e o balanço é o melhor possível. Conseguimos muitos encaminhamentos, seja para tratamento ambulatorial, em comunidade terapêutica, internação em unidade hospitalar ou participação em grupo terapêutico”, explica.
Ao chegarem à audiência coletiva, os dependentes químicos assistem a um vídeo institucional produzido pelo Poder Judiciário, que relata histórias e depoimentos de pessoas que encararam a luta contra as drogas, além de reunir diversos especialistas que falam sobre o assunto. A partir de então, inicia-se uma discussão acerca da nocividade dos entorpecentes.
Em seguida, começam os atendimentos individuais realizados pela juíza Ana Cristina e quatro juízes leigos. Os encaminhamentos são feitos conforme a história de vida de cada um, sendo que a pessoa com dependência pode ser tratada em entidades como Narcóticos Anônimos, Alcoólicos Anônimos, Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), no próprio Grupo Terapêutico do Jecrim, dentre outras.
As próximas audiências coletivas serão realizadas nos dias 14 de agosto, 10 e 30 de setembro, 30 de outubro e 13 e 27 de novembro.
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