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Agronegócios
Quinta - 24 de Julho de 2014 às 08:35

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O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT) aguarda a conclusão de exames confirmatórios para estomatite vesicular em mais de 150 animais de propriedades rurais de Castanheira, norte mato-grossense e a quase 800 quilômetros de Cuiabá. Estão distribuídos em 49 fazendas.

De acordo com a coordenadora de Controle de Doenças do Indea, Daniella Soares, todas as amostras são processadas no laboratório agropecuário nacional (Lanagro). "Todos [os exames] descartaram a condição de febre aftosa e falta a confirmatória de estomatite vesicular", disse.

As primeiras suspeitas da doença surgiram ainda em 20 de junho, quando uma mula de um lote proveniente de outro estado brasileiro apresentou a sintomatologia para a estomatite vesicular. Um dia após os técnicos encontraram um bovino com lesões similares àquelas detectadas no muar e que também estava na mesma propriedade. Para este último o Lanagro já confirmou a enfermidade.

Desde que a investigação sanitária foi iniciada o órgão de defesa sanitária interditou 125 propriedades porque ou apresentaram animais com a sintomatologia ou por estarem em um curto raio de distância do ponto onde surgiu a doença. Em pouco mais de um mês, três mil animais foram inspecionados.

"Fizemos uma varredura dentro de um raio de três quilômetros e agora estamos em um de dez. Toda nova propriedade que encontramos animais com lesões é coletado material e feito também o diferencial para a febre aftosa", afirmou a coordenadora.

Em todas as áreas interditadas o trânsito de animais foi restrito. Os subprodutos como o leite podem ser consumidos no município desde que pasteurizado por um laticínio que opera no raio do foco. "Animais mesmo das propriedades doentes estão podendo sair, mas apenas para o abate e diretamente para o frigorífico no município. Não está sendo permitida a movimentação de animais entre propriedades.

Desinterdição

Conforme o Instituto de Defesa Agropecuária, as fazendas permanecerão interditadas por até 21 dias após o último animal doente. Isto porque o período de manifestação dos sintomas varia em média duas semanas.

O órgão investiga como ocorreu a contaminação pela estomatite no animal que ingressou em Mato Grosso e chegou até Castanheira.

A doença

A enfermidade é uma síndrome vesicular causada por um vírus e que apresenta sintomatologia parecida com outras doenças vesiculares, como a febre aftosa. Pode afetar cavalos, jumentos, mulas e burros, bovinos, suínos e humamos.

Animais sadios que convivem com outro doente podem ser contaminados. Da mesma forma, materiais como cela ou arreio podem facilitar a transmissão do vírus causador.

Em humanos a estomatite pode ser confundida com uma forte gripe, apresentando sintomas como dores musculares, febre e até mesmo lesões. O risco de contaminação ocorre desde que ocorra o manuseio de lesões dos animais doentes sem a utilização de equipamentos de segurança.





Fonte: Do G1 MT

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