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Sexta - 25 de Julho de 2014 às 13:25

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O Ministério Público Estadual (MPE) se posicionou conta a liberdade provisória de Anastácio Marafon, assassino confesso do ex-secretário de Estado de Infraestrutura, Vilceu Marchetti. O MPE considerou a investigação “singela e incompleta” e enviou um parecer à Justiça pedindo novas diligências.

O parecer foi enviado na última da terça-feira (22) para o juiz da Vara de Santo Antônio do Leveger (35 km de Cuiabá), Murilo Moura Mesquita.

Em seu parecer, promotor Natanael Moltocaro Fiuza criticou a investigação da morte do ex-secretário, realizada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pela Delegacia de Santo Antônio do Leveger.

“A despeito de que o inquérito policial tenha sido concluído pela Autoridade Policial, a investigação até agora levada a efeito mostrou-se singela e incompleta, havendo a necessidade de se baixar os autos para se providenciar várias diligências que se descortinam relevantes para a elucidação do crime, e das circunstâncias em que foi perpetrado. Para se ter uma ideia, sequer o laudo de necrópsia e o exame pericial do local do crime foram juntados aos autos.”

Conforme a avaliação do promotor da comarca de Santo Antônio do Leverger, o pedido de liberdade protocolado por Anastácio no último dia 16 não deve ser acatado, pois, ao contrário do que o acusado afirmou, ele tentou esconder o crime e utilizou uma arma não registrada na ação.

“A despeito de ter armas registradas em seu nome, o requerente se utilizou de arma sem registro, e ainda, em claro propósito de prejudicar a investigação, se desfez de tal arma, de modo a impossibilitar a realização de exame pericial na mesma”.

Anastácio atirou em Marchetti com um revólver calibre 38 e em seguida se desfez da arma jogando ela em uma região de matagal. “O acusado, à vista do apurado, praticou o crime de homicídio qualificado, que por sua própria natureza reveste-se de alta gravidade e hediondez, revelando assim total desrespeito e desprezo pela vida humana, de modo que a soltura do flagrante implicaria em evidente perturbação à ordem pública e a respeitabilidade da Justiça”.

Marafon foi preso em flagrante horas após o homicídio, na fazenda Marazul, região de Santo Antônio do Leverger. Durante o depoimento, Marafon afirmou que não sabia que Marchetti era ex-secretário e que o matou por ele ter assediado sua esposa.

O Promotor ressaltou que se for posto em liberdade, o acusado poderá atrapalhar as investigações. “Certamente o requerente interferirá negativamente na obtenção dessas provas, prejudicando a investigação criminal, que ainda necessita ser complementada”.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que o MPE possui pode determinar a realização de novas diligências para as unidades policiais. Conforme a assessoria, o prazo de conclusão das investigações foi de dez dias e por conta disso, os laudos periciais não estão prontos. A assessoria informou que eles serão anexados posteriormente ao processo.





Fonte: Do DC

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